Após multa e prisões, rodoviários voltam a negociar com o TRT

É grande a expectativa sobre a reunião que acontece na manhã desta terça, dia 21, no Tribunal Regional do Trabalho, envolvendo o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro), os ‘dissidentes’ e o presidente da corte, desembargador Severino Rodrigues.

A reunião acontece após o desembargador determinar a prisão dos sindicalistas, por obstrução à Justiça, uma vez que a corte havia determinado a circulação de 80% da frota até o término das negociações sobre o dissídio coletivo. A corte ainda arbitrou multa diária de R$ 50 mil por cada dia de descumprimento, a contar de ontem, primeiro dia da paralisação, que em nenhum momento foi informada à população.

Na manhã de hoje o clima era de tensão entre os rodoviários. Equipes de reportagem foram hostilizadas pelos profissionais, que alegam estar sendo ‘vilanizados’ no processo. Os rodoviários voltaram a recusar o retorno aos trabalhos durante assembleia e disseram que irão ‘reagir’ caso os trabalhadores voltem a ser presos pela Justiça do trabalho.

O presidente do TRT, Severino Rodrigues, disse não ver como atender as reivindicações dos trabalhadores, uma vez que a decisão sobre o dissídio caberá ao tribunal como um todo e segue vários trâmites.

“O direito de greve é legítimo, mas não deve ocorrer o vandalismo registrado ontem. Eles não cumpriram o que prometeram (manutenção de 80% dos serviços) e a sociedade pagou porque foi pega de surpresa”, avaliou Rodrigues, que disse ainda que uma nova reunião – que ocorreria no dia 29 – foi antecipada para sexta, dia 24.

“As negociações estão em andamento, inclusive com a proposta do Ministério Público de antecipar o IPC de 2011”. Questionado se o reajuste da passagem teria sido o gatilho do protesto, o desembargador destacou que o valor de R$ 2,10 é o ‘grande impasse’.

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