Servidores do MPF em Alagoas no 2º dia de greve por valorização da carreira

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Servidores do MPF em Alagoas no 2º dia de greve por valorização da carreira

Os servidores do Ministério Público Federal (MPF/AL) em Alagoas entraram, nesta quarta-feira (29) no segundo dia seguido de paralisação. A categoria aderiu à greve nacional dos servidores do Judiciário e Ministério Público da União (MPU) contra o congelamento dos salários e pela aprovação dos planos de carreiras das duas categorias, essenciais à manutenção do regime democrático e de defesa da cidadania.

Ambas as categorias estão há seis anos sem qualquer reajuste, e assistem a uma perda salarial crescente, pois sequer tiveram as reposições da inflação do período. A greve, no entanto, não se trata apenas de recomposição salarial, mas de valorização de uma categoria de extrema importância para a defesa da sociedade, do erário e do interesse público.

Para se ter uma ideia, o atual julgamento do chamado escândalo do Mensalão só pode ser possível graças ao empenho de procuradores da República, mas também dos servidores, que operacionalizam os processos judiciais em defesa dos interesses da União. Ou seja, não são apenas os servidores que perdem com a desvalorização, mas toda a sociedade.

No caso específico do Ministério Público Federal, basta citar que é uma instituição permanente cuja missão é defender o Estado Democrático de Direito, a cidadania e um dos principais órgãos no combate à corrupção no país, considerado hoje um dos principais males da sociedade. As duas categorias rejeitaram a proposta do governo federal, de 15,8% de reajuste ( a mesma oferecida ao executivo), por considerarem-na um desrespeito à categoria e à independência dos poderes da União. É importante frisar que é o somente MP quem pode processar o presidedente da República por crime de responsabilidade ( aqueles cometidos em função do cargo).

Em Alagoas, mais da metade dos servidores aderiu à mobilização e o número de adesões está sendo crescente. Nesta manhã, o movimento ganhou o reforço de representantes dos servidores do Judiciário, que estão na porta da sede da Procuradoria da República em Alagoas (PR/AL), com cartazes, faixas, carros de som e apitaço, em protesto contra a intransigência do governo federal, que vem paulatinamente, enfraquecendo serviços públicos essenciais à manutenção do Estado.

Com a paralisação na PR/AL, apenas os serviços essenciais estão sendo garantidos, como habeas corpus, representações de urgências em casos ligados à saúde e demais serviços emergenciais. Os protocolos dos processos comuns não estão sendo encaminhados à Justiça Federal.

Logo mais, às 15h30, ocorrerá uma reunião com o secretário geral do MPU, Lauro Cardoso, e a diretória do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (SINASEMPU). Na ocasião participarão também representantes da ANATA, para tratar sobre o momento atual da carreira e da greve dos servidores.

Fonte: Assessoria

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