Chelsea sai na frente, mas permite empate do Juventus

ReutersReuters

O torcedor do Chelsea não deixou o Stamford Bridge plenamente satisfeito com o empate por 2 a 2 com o Juventus, em seu retorno à Liga dos Campeões após a conquista da última temporada. Mas bastará citar o nome de Oscar para ele abrir um sorriso daqueles no rosto. Se os Blues conseguiram um ponto no primeiro jogo da defesa do título devem agradecer e muito ao camisa 11. Titular pela primeira vez, o reforço de R$ 78 milhões marcou duas vezes nesta quarta-feira, pelo Grupo E, e assumiu um papel de protagonista que faltou a tantos brasileiros desde os tempos áureos de Kaká – no Milan. No fim, porém, os italianos reagiram com gols de Vidal e Quagliarella e ainda quase chegaram a uma histórica virada.

O resultado deixa ambos atrás da liderança na chave, já que o Shakhtar Donetsk derrotou o estreante Nordsjaelland, por 2 a 0, na Donbass Arena. Recheados de brasileiros no elenco – Willian, Ilsinho, Fernandinho e Luiz Adriano foram titulares -, os ucranianos venceram com gols do armeno Mkhitaryan. Os meias Alex Teixeira e Douglas Costa entraram na etapa final.

A equipe inglesa volta a campo já no próximo sábado para defender sua liderança no Campeonato Inglês. O adversário será o Stoke City, às 11h (de Brasília), novamente no Stamford Bridge. Os italianos, 100% na Série A, por sua vez, receberão o Chievo no domingo, às 10h.

Na Champions, a próxima rodada está marcada para o dia 2 de outubro, uma terça-feira. A Velha Senhora enfrentará o Shakhtar no Juventus Stadium, enquanto os Blues viajarão até a Dinamarca para pegar o Nordsjaelland. Ambos os jogos começarão às 15h45m (de Brasília).

Troféu da inspiração

Antes de a bola rolar o clube apresentou o troféu da Liga dos Campeões a cada um dos setores de Stamford Bridge. Era o primeiro reencontro oficial com a principal competição do continente, antes motivo de obsessão entre torcedores e o magnata russo Roman Abramovich. Não há como negar que a presença da "orelhuda" tenha aliviado um pouco a pressão do time que disputará o Mundial de Clubes em dezembro, no Japão, possivelmente contra o Corinthians.

Líder da Premier League, o Chelsea carregava também a péssima atuação na decisão da Supercopa Europeia, há quase três semanas, quando foi atropelado pelo Atlético de Madri de Falcao García. Contra um rival de alto nível como o Juventus era necessário mostrar uma boa atuação. Foi o que aconteceu nos primeiros 45 minutos. E graças a um brasileiro.

Oscar, um protagonista

Desta vez, porém, não foi o toque de cobertura e a velocidade de Ramires, tampouco os desarmes e a entrega de David Luiz que ficaram marcados. A partir deste 19 de setembro, o torcedor dos Blues teve, sim, a certeza de que os 25 milhões de libras investidos em Oscar valeram cada centavo. Titular pela primeira vez em seu novo clube, o ex-jogador do Internacional e nome certo na seleção brasileira de Mano Menezes "acabou" com o primeiro tempo.

Oscar fez todo o seu nome em um intervalo de três minutos. Depois de monotonia e poucas chances de gol – os principais lances de perigo vieram em bola aérea -, o brasileiro colocou o Chelsea em vantagem aos 31 minutos. O belga Hazard cortou para o meio e rolou para o meia, que chutou com força. A bola desviou em Chiellini e matou Buffon.

A obra-prima estava guardada para o lance seguinte. Aos 33, ainda com a torcida eufórica, Oscar recebeu de costas e, com uma letra, livrou-se da marcação de ninguém menos que Andrea Pirlo. A finalização colocada morreu no ângulo do goleiro italiano, que novamente nada pôde fazer em seu 400º jogo com a camisa da Velha Senhora. Um golaço daqueles.

O Juventus, porém, dava sinais até mesmo antes de sofrer os gols que estava vivo. Mesmo mancando, o chileno Arturo Vidal conseguiu diminuir aos 38, em bonito lance individual. Pirlo, em falta cobrada nos acréscimos, quase empatou.

Em jogo aberto, Juve empata e quase vira

A vantagem deixou o Chelsea à vontade para fazer o que sabe de melhor no segundo tempo: contra-atacar. Aos cinco, o zagueiro/lateral Ivanovic obrigou Buffon a trabalhar em chute de fora da área. Sete minutos depois foi a vez de Hazard escapar em velocidade e cair na grande área após chegada de Barzagli. Ele pediu pênalti, mas o árbitro português Pedro Proença ignorou.

O Juventus cresceu naturalmente em busca do empate, mas percebeu que o perigo que corria era proporcional. Cech pouco precisou fazer até que Mata desperdiçasse a melhor oportunidade do segundo tempo até então. Aos 33, o espanhol e Hazard tabelaram até a conclusão do camisa 10 já na grande área. A bola ficou presa na rede lateral, o suficiente para que torcedores do outro lado gritassem gol.

Na verdade, alguns deles puderam comemorar nos minutos seguintes. Aos 35, Mikel errou na saída de bola, Marchisio recebeu o presente e deixou Quagliarella, substituto de Giovinco, livre para empatar. Festa enorme da torcida da Velha Senhora, localizada atrás da baliza de Petr Cech.

E foi por muito pouco que o Juve não chegou à virada. Centímetros impediram que o próprio Quagliarella anotasse gol semelhante ao de Oscar aos 41 minutos. Ele recebeu de costas, girou para a canhota e colocou no ângulo. A bola caprichosamente quicou no travessão e saiu.

Fonte: Globo Esporte

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