Ponte bate o Náutico com virada em dois minutos

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Ponte Preta comemorando

A reabilitação da Ponte Preta no Campeonato Brasileiro passou diretamente pelas arquibancadas na noite desta quarta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. No embalo da torcida, que fez sua parte e apoiou o tempo inteiro, a Macaca superou uma atuação ruim para bater o Náutico na raça, pela 29ª rodada da competição nacional. Com dois gols, aos 28 e aos 30 minutos do segundo tempo, marcados por Rildo e Marcinho, a Ponte fez 2 a 1 e voltou a vencer após seis partidas. Douglas Silva marcou para o Timbu.

Quem compareceu ao Majestoso viu um Náutico melhor em campo, com chance até de liquidar o jogo nos contra-ataques, e uma Ponte nervosa, mas que encontrou forças para virar graças ao apoio dos 6.856 pagantes.

O resultado representa um alívio para a Macaca na luta contra o rebaixamento. Depois de duas derrotas e quatro empates, a Ponte quebra o jejum de triunfos e chega aos 37 pontos. O Náutico, que perdeu o embalo após duas vitórias consecutivas, tem a mesma pontuação, mas leva vantagem no número de vitórias (11 a 9). Ambos os times ocupam a zona intermediária da tabela.

– A torcida foi fantástica. A vitória só foi possível, pois a torcida empurrou os 90 minutos. Ela tem uma grande parcela neste jogo. Compreendeu e entendeu o momento do time. Esse apoio, com certeza, passa confiança para o jogador buscar forças no momento da dificuldade – comemorou o técnico Guto Ferreira, que conquistou a primeira vitória à frente da Macaca, após derrotas para Palmeiras e Coritiba.

A derrota mantém a sina do Náutico de atuar bem longe dos Aflitos, mas sem sair com a vitória. Mesmo superior durante a maioria da partida, foi o 12º revés em 15 compromissos fora de casa. Foram ainda dois empates e apenas uma vitória – sobre o Atlético-GO, em 7 de julho.

– No começo do segundo tempo, ficamos tentando amarrar o jogo em vez de ir pra cima e matar a Ponte. O time não pode ter esta postura no segundo tempo. Era natural que, jogando em casa, com a torcida empurrando, eles viessem para cima, mas chamamos o time deles para a nossa área – lamentou Rhayner.

Ponte e Náutico voltam a campo domingo. A Macaca encara o líder Fluminense, no Rio de Janeiro, às 18h30. O Timbu recebe o Palmeiras, às 16h, em novo duelo direto contra a degola.

Náutico domina o primeiro tempo

Alexandre Gallo surpreendeu ao escalar o Náutico com três atacantes. A aposta deu certo. Kim, Araújo e Rogério desmontaram o sistema com três volantes armado por Guto Ferreira. O Timbu dominou o primeiro tempo e, com justiça, foi para o vestiário na frente. Douglas Santos foi o responsável por abrir o placar, logo aos quatro minutos.

O lance começou num chutão de Patric. Rhayner e Cicinho disputaram o lance no alto. A bola passou pelos dois. Douglas Santos aproveitou a sobra, dominou livre na ponta esquerda e bateu cruzando, tirando de Edson Bastos. O chute ainda tocou na trave antes de entrar: 1 a 0.

O gol do Timbu não desanimou a torcida da Macaca, que intensificou o apoio, com gritos de incentivo. Dentro de campo, porém, o Náutico se sentia em casa. Kim, em bomba da entrada da área, chegou perto de ampliar. Roger, de cabeça, e Nikão, de longe, criaram as únicas jogadas de perigo da Ponte.

No restante, o ataque alvinegro, sem criatividade, foi facilmente anulado pela marcação do Náutico. Rildo abusava da individualidade e, sem objetividade, era presa fácil para o Timbu. Roger, isolado, pouco conseguia ajudar. Nikão, o único articulador, apareceu menos do que deveria. Sobrava para Cicinho, Lucas e Wendel Santos a criação. Pouco para uma equipe que entrou em campo precisando vencer.

O Náutico aproveitou a fragilidade e o nervosismo do adversário para controlar as ações. Mais organizado, valorizou a bola e envolveu a defesa adversária com toques curtos. A superioridade do Timbu acabou com a paciência da torcida. O que era apoio no início virou uma sonora vaia, com protestos e pedidos de "raça" ao fim do primeiro tempo. Foi o único momento de revolta. Bastou a bola rolar no segundo tempo para a torcida voltar a jogar junto.

Virada em dois minutos dá alívio à Ponte

A Ponte voltou com mudança para o segundo tempo. A necessidade fez Guto Ferreira tirar o volante Lucas e colocar o atacante Luan. Mas o cenário continuou o mesmo. O Náutico permanecia com o comando da partida, enquanto que a Macaca pouco ameaçava o gol de Felipe.

Para piorar a situação da Ponte, o Náutico tinha um contra-ataque muito forte, principalmente com Rogério. Em um deles, o atacante partiu para cima de Diego Sacoman, deixou o zagueiro para trás, mas errou o passe para Araújo, facilitando para o goleiro Edson Bastos.

Em nova tentativa de dar novo gás à Ponte, Guto Ferreira promoveu a entrada de Marcinho no lugar de Nikão. No mesmo instante, começou a chover. A combinação foi suficiente para voltar a acordar a torcida da Ponte nas arquibancadas. Mas foi preciso Giancarlo substituir Roger para a Macaca reagir. Fixo na área, ele passou a segurar os dois zagueiros do Timbu.

A Ponte começou a explorar os chuveirinhos. Às vezes de forma afobada. Mas em um deles, João Paulo colocou na cabeça de Rildo, que andava apagado. Ele desviou com precisão e empatou o jogo, aos 28 minutos. A torcida ainda comemorava quando Luan invadiu a área e foi derrubado por Souza: pênalti.

Coube a Marcinho, principal contratação para o Brasileirão, a responsabilidade da cobrança. E ele não decepcionou. Com categoria, deslocou Felipe e jogou a bola no canto esquerdo para virar, aos 30 minutos, levando o torcedor à loucura. Na comemoração, Marcinho, pontepretano declarado, beijou o símbolo na comemoração.

O Náutico ainda teve uma chance muito boa para empatar. Patric recebeu de Martinez e, de frente para Bastos, bateu colocado. O goleiro da Ponte foi buscar no ângulo. Depois, Patric completou o serviço ao ser expulso por uma entrada dura em Luan.

Fonte: Globo.com

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