Eleito com 3.265 votos, o vereador do PSOL Guilherme Soares pode não assumir a vaga na Câmara de Vereadores de Maceió. O partido decidiu afastar o integrante da legenda e encaminhar o processo de expulsão dele à Executiva Nacional do PSOL. Soares é acusado de comprar votos. O candidato se beneficiou da grande votação recebida pela ex-senadora e vereadora reeleita Heloísa Helena (PSOL), que recebeu 19.216 votos, o maior número da capital alagoana.
O afastamento foi comunicado, pela rede social Facebook, na noite desta sexta-feira (19), através de texto assinado pelo presidente da base municipal do PSOL, Mário Agra. "O Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade, em Maceió, acaba de afastar o filiado Guilherme Soares, por várias denúncias de compra de votos, assim como resolve afastar também o filiado Edlúcio Donato, por infidelidade partidária, omissão e má-fé. Os dois irão para a Comissão de Ética nacional, onde serão julgados os seus processos de expulsão; assim como será constituído um escritório jurídico para viabilizar as questões jurídicas na Justiça Eleitoral", diz o texto.
Em nota, escrita no dia 12 de outubro, Soares critica a decisão do PSOL, quando a legenda ainda investigava a conduta dele. Desde o início das investigações, Guilherme Soares se recusa a conversar com a imprensa e não diz o nome do advogado que o defende nas instâncias partidárias. Neste sábado, ninguém retornava as ligações em seu celular.
Na nota, ele acusa o PSOL de "finalidade eleitoreira". "Agora, após as eleições, qual sentido tem uma investigação partidária, sem poder de polícia, mirando apenas um candidato que venceu as eleições? Pergunto: caso eu não tivesse vencido, essa investigação prosseguiria? Ou terá ela a finalidade eleitoreira de desgastar minha imagem perante a opinião pública e requerer, por via de chantagem, quaisquer tipos de benefícios com meu mandato?", questiona.
"Tomei conhecimento destas acusações sobre "compra de votos" apenas após o pleito, através da imprensa, e fiquei indignado com tal associação do meu nome ao crime eleitoral que me imputam, o qual nunca pratiquei!", disse.
