Advogado Marcos Uchôa
Qual será o porquê das agressões pessoais? Qual será o porquê dos agressores não mostrarem, ao menos, sua face em tais atos? Qual será o porquê da ocorrência de tacanha atitude moral para “defender” interesses, de igual modo, tacanhos e particulares? No abstrato universo de suas "razões" podemos constatar que tais questionamentos são respondidos de forma direta pela existência indubitável do atraso no desenvolvimento do senso moral de seu autor.
A história tem provado que desdenhosos e reprováveis atos têm levado a humanidade a erros crassos. A tocaia que serve para macular a honra de alguém serve mais ainda para demonstrar a qualidade moral de quem dela faz uso. É lamentável que nos dias atuais determinados homens ainda insistam em confundir adversidades de propósitos com inimizade pessoal. Ser adversário não significa ser inimigo. Não se resguarda de qualquer direito quem, no campo das ideias, ultrapassa seus limites para buscar refúgio no ignóbil, frágil e fétido fosso dos ataques pessoais. Não nos esqueçamos que as grandes mentes se ocupam com ideias; as medianas com eventos; as pequenas com pessoas (entendendo-se neste ultimo, em desdenhar, prejudicar pessoas).
É desenganadamente lamentável que tais atrasadas atitudes partam de pessoas que integram a classe jurídica. Dos que sabem que toda e qualquer condenação não precedida de defesa é leviana, irresponsável e ilegal. Deve ser de profunda tristeza o sentimento de todo e qualquer ser esclarecido ao se deparar com as agressões que vem sendo veiculadas em jornal e redes sociais neste pleito à nova gestão da OAB. Não creio que todos nós alagoanos, em especial, nós advogados (que sempre defendemos a moral, a legalidade e a justiça) não se indigne diante de atos como estes – típico do Estado de Exceção, o qual, para o bem do progresso, encontra-se sepultado nos profundos túmulos da vergonhosa fase da história de nosso país.
Não nos esqueçamos, senhores, que estamos tratando de OAB. Estamos tratando de uma instituição séria e que, por sua grandeza, merece respeito por parte de todos nós. E este respeito será indelevelmente demonstrado pela devoção à conduta ética de cada advogado para com o seu respectivo colega, bem como, pelo debate de ideias entre os que postulam dirigir esta honrada instituição.
Consoante dito, estamos tratando de ideias, as quais reclamam o lídimo e respeitoso debate, e não agressão pessoal a quem as defendem. E é em razão do apreço a nossa OAB e aos colegas que, respeitosamente, conclamo todos a defenderem a realização de um amplo debate entre os candidatos à Ordem, objetivando a eleição da melhor proposta.
