Juízes federais aderem à paralisação e não participam da Semana de Conciliação

Railton Teixeira/Alagoas24horasJuiz José dos Santos Júnior

Juiz José dos Santos Júnior

Os juízes federais e do Trabalho que atuam em Maceió e 85% daqueles que atuam no interior do Estado aderiram a paralisação nacional da categoria, que acontece nesta quarta, 7 e quinta-feira, 8, e não participam da sétima edição da Semana Nacional de Conciliação, que começou hoje e prossegue até o dia 14 de novembro.

A informação foi confirmada pelo juiz substituto do Trabalho, José dos Santos Júnior, presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho em Alagoas (Amatra), em entrevista ao Alagoas24horas.

Segundo o magistrado, em assembleia ocorrida no dia 26 de outubro passado, os juízes federais e do Trabalho de todo o País criaram a “Semana sem conciliação”, para chamar a atenção da sociedade em relação a desvalorização da carreira de magistrado, sem recomposição das perdas inflacionárias desde 2006.

“Durante hoje e amanhã só atenderemos a casos urgentes e, a partir de sexta-feira, voltaremos às nossas atividades normais, mas, continuaremos sem participar da Semana de Conciliação”, explicou, acrescentando que as conciliações só serão retomadas após o dia 14 de novembro.

De acordo com a Associação Nacional dos Juízes da Justiça do Trabalho (Anamatra), além de uma demonstração da mobilização dos juízes, a paralisação será um momento para debater uma saída para o impasse.

“Nenhum trabalhador, juízes incluídos, pode viver pacificamente com perda salarial de quase um terço do valor real de sua remuneração. Desde 2005 os juízes da União tiveram apenas 9% de reposição salarial”, destacou a Associação por meio de nota divulgada no dia 2 de novembro.

Conciliação

Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Semana Nacional de Conciliação tem como objetivo solucionar conflitos judiciais, promovendo acordos de forma mais rápida e sem custos processuais.

Segundo dados divulgados pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), cerca de 1.400 audiências envolvendo processos nas áreas cível e familiar serão realizadas no Fórum da Capital, no Barro Duro, e nas unidades do Poder Judiciário no interior do Estado.

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