Bando acusado de falsificação e adulteração é preso com R$ 100 mil

Alagoas24horasRemi Mendes é apontado pela polícia como líder do grupo

Remi Mendes é apontado pela polícia como líder do grupo

Nove pessoas acusadas de roubo, desmanche e falsificação de veículos foram apresentadas pela Polícia Civil de Alagoas em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, dia 13. Segundo a polícia, o grupo agia com quase ‘perfeição’ na adulteração de veículos e na falsificação de documentos públicos.

O grupo criminoso estava sendo investigado há três meses pela Polícia Civil. A prática criminosa teria sido descoberta durante investigação de roubo a bancos em Alagoas. De acordo com a delegada Maria Angelita, coordenadora da Seção de Combate a Roubo a Banco (Serb), parte dos integrantes da quadrilha seria dissidente de grupos de roubo a banco e teria se especializado no roubo, desmanche e falsificação de veículos.

As investigações apontam que a quadrilha roubava o veículo, adulterava o chassi e falsificava a documentação para revender. O esquema é conhecido como ‘esquente’ na organização criminosa. “É uma verdadeira indústria do esquente de veículos. Agiam em todo o estado de Alagoas e com ramificações em Sergipe”, destacou a delegada.

Além de adulterar o chassi dos veículos, a organização fabricava com ‘considerável perfeição’ os documentos do veículo roubado e vendia em diversas regiões de Alagoas. Uma mulher seria a responsável pela falsificação dos documentos. “No computador de Nayara encontramos um programa onde ela falsificava os documentos. Ela fazia e imprimia o documento. O material chama a atenção pela semelhança com o documento de ordem pública. Eram adulterações bem evoluídas”, ressaltou Maria Angelita, destacando que apenas alguns peritos do estado conseguirão fazer a perícia nos documentos apreendidos.

Foram presos durante a operação Plagiato: Isaac Lindenberg Bezerra de Oliveira, 29 anos; Luis Felipe Teixeira de Almeida, 30; Djalma Vital de Oliveira (pai de Isaac), 48, Wellington Tiago da Silva, 23. Remi Mendes Costa, 39; Wslan de Oliveira Santos, 29; Erivaldo Sevastião da Conceição, 30; Nayara Santos da Silva (esposa de Luis Felipe), 24; e Giovânio, conhecido pela alcunha de ‘Orelha’. Este último preso na cidade de Itabaiana, em Sergipe.

Segundo a polícia, Remi é apontado como o líder do grupo criminoso. “Ele é um grande articulador da organização criminosa”, disse a delegada. Em entrevista ao Alagoas24Horas, Remi alegou não ter envolvimento com o crime do qual está sendo acusado. Ele disse que trabalha com compra e venda de veículos e chegou a ser preso em setembro deste ano com uma CNH falsa – material comprado, de acordo com Remi, em Garanhuns. Ele acredita que esta prisão tenha motivado a polícia a atribuir o crime a ele.

Ainda segundo a polícia, Wslan e Giovânio seriam responsáveis pela modificação do chassi dos veículos roubados. Wslan, que é proprietário de uma oficina mecânica em Arapiraca, informou que trabalha há 10 anos no ramo e que nunca teria sido preso. “Não tenho nada com isso de adulteração e vou provar a minha inocência”, destacou Wslan. Os demais presos são apontados na receptação e captação de clientes dos veículos adulterados.

As investigações apontam que o grupo agia há muito tempo em todo o estado. A polícia acredita que diversos carros adulterados estão circulando pelo estado. Questionada se alguns compradores destes veículos não teriam conivência com a organização criminosa, a delegada afirma que sim devido a grande semelhança dos documentos falsificados com os emitidos pelos órgãos públicos.

Durante a operação, que cumpriu mandados em Anadia, Arapiraca, Major Isidoro e Sergipe, a polícia apreendeu oito veículos com suspeita de adulteração, R$ 4.300,00 em espécie e R$ 71.300,00 em cheques, além de um revólver.

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