Sindpol responsabiliza Governo por violência

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Sindpol retoma atividades em Alagoas

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) voltou a realizar atividades de mobilização. A entidade sindical promoveu dois atos públicos de protesto nas ruas das cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios, nos dias 19 e 20 de janeiro, respectivamente.

Nas manifestações, os policiais civis fizeram panfletagem e colocaram adesivos nos automóveis para alertar a população sobre o alto índice de violência no Estado, o que torna Alagoas o primeiro lugar em homicídios no Brasil, considerando a taxa de 100 mil habitantes. “A média é de dois mil assassinados por ano no Estado. Nos últimos seis meses, houve o aumento de 10% no número de homicídios, comparado com o mesmo período em 2008”, assegura o presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha.

No protesto, o sindicato destacou que o alto índice de violência é culpa da irresponsabilidade do Governo do Estado que não possui políticas efetivas de segurança pública. O presidente do Sindpol criticou a criação da Central de Polícia, destacando que as delegacias devem voltar a funcionar 24 horas. “Ou seja, a delegacia mais próxima da população e atendendo todos os cidadãos nos seus bairros”, defendeu.

“É preciso investir em segurança pública. Temos que dar um basta nos roubos, nos assassinatos e na deficiência desse governo. A sociedade tem que cobrar mudanças já para que os nossos filhos não sejam reféns e recrutados para o crime organizado e o narcotráfico”, ressaltou.

O sindicalista denunciou também que as delegacias funcionam precariamente, e as regionais estão superlotadas de presos. “E para piorar a situação, o governador Teotônio Vilela Filho reduziu o orçamento para a segurança pública neste ano. O governo tem que se conscientizar que são vidas que se foram e que não voltarão”, informou.

O 2° vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, criticou a carência de rabecões no Instituto Médico Legal. “O policial civil Geraldo Moura, que estava a serviço, foi assassinado em uma grota e o seu corpo passou mais de quatro horas na via pública para ser recolhido. Você sabe o que significa para os parentes verem um ente querido abandonado na rua? É uma situação é muito dolorosa e revoltante”, disse.

A população apoiou o protesto dos policiais. Os motoristas e comerciantes pediram que os sindicalistas colocassem os adesivos nos seus automóveis. O mototaxista de Arapiraca João Carlos disse que a categoria está medo de trabalhar na cidade. “A maioria não trabalha à noite para não ser assaltado ou assassinado”.

Para frear os altos índices de violência, o sindicato destaca a abertura do canal de negociação para atendimento da pauta de reivindicações, a exemplo das delegacias funcionando 24 horas nos bairros, a implantação do piso salarial de 1/3 dos delegados de polícia e o Plano de Cargos, Carreira e Subsídios da categoria.

O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, informa que o sindicato está definindo estratégia de paralisação durante o Carnaval caso o governo de Alagoas não volte a negociar. Desde o ano passado, que o governo vem ignorando a pauta de reivindicações da categoria.

Na próxima sexta-feira, dia 22, haverá reunião da diretoria do Sindpol para definir as próximas ações de mobilização em Alagoas.

Fonte: Sindpol

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