Servidores da Polícia Federal em Alagoas protestam por falta de ‘ar’

Um protesto pacífico e inusitado marcou esta quarta-feira, 3, em frente a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, quando os servidores paralisaram as atividades para cobrar o conserto do sistema de ar-condicionado central do órgão, quebrado há cerca de oito meses. Munidos de faixas e música, os servidores montaram uma tenda em frente ao prédio.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas, Jorge Venerando, o problema tornou o ambiente de trabalho insalubre. “Desde setembro do ano passado oficializamos um pedido, juntamente com um abaixo-assinado com mais de cem assinaturas, para que a Superintendência providenciasse o conserto e até agora nada foi feito”, explicou.

Ele disse que a diretoria do Sindicato chegou a propor uma redução na jornada de trabalho na sede da superintendência – de oito para seis horas corridas – até que o sistema fosse recuperado, mas o pleito também não foi atendido. “Em parecer, a Advocacia Geral da União foi contrária ao pedido de redução, mas entendemos que isso ocorreu porque o órgão não foi informado da situação de insalubridade”, afirma.

O presidente explicou que técnicos da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) estiveram na superintendência em outubro passado e constataram a insalubridade. “Nossa situação é constrangedora e insuportável. Vários servidores passam mal, com crises de hipertensão, dores de cabeça e mal-estar devido ao calor”, disse Venerando, mostrando à reportagem cópia do laudo emitido pela DRT.

O laudo da DRT informa que ‘cabe à superintendência tomar providências imediatas para recuperar o sistema de refrigeração artificial e evitar doenças do trabalho relacionadas ao calor excessivo’.

No dia 22 de janeiro passado, o Sindicato também entrou com uma representação contra o superintendente da PF em Alagoas, Amaro Vieira, junto ao Ministério Público Federal (MPF), propondo que seja firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O MPF ainda não se manifestou sobre o pedido.

Ainda de acordo com Venerando, o superintendente da PF/AL informou aos funcionários que está sendo feita uma licitação para o conserto do sistema de ar central e que até o final de março deste ano o problema deve estar resolvido. “O conserto poderia ser agilizado de forma emergencial. Até lá a gente morre de calor”, finalizou.

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