Criança de dois anos é encontrada amarrada em residência no Feitosa

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A casa não tinha uma das paredes, pois tinha desabado durante as últimas chuvas

Mais uma denúncia de negligência e maus tratos foi recebida pelos conselheiros tutelares da região do bairro do Jacintinho. Na noite desta quarta-feira, dia 3, uma criança de dois anos foi encontrada presa dentro de uma casa situada na Rua São João, no Feitosa sem alimentação e higiene adequada.

A conselheira tutelar, Cecília Oliveira contou que o menino de dois anos é portador de necessidades especiais e estava sendo mantido amarrado em uma cadeira plástica.

"Recebemos uma denúncia no Conselho e fomos averiguar. No local, encontramos a criança com fome e suja. Além disso, o menino de menos de dois anos como tem dificuldade de se locomover estava com as pernas amarradas, com hematomas e uma lancheira que estava na cadeira machucava suas costas. Devido à falta de higiene, ele estava muito sujo de urina e fezes", afirmou a conselheira.

A assistente social do Conselho, identificada como Rosiná, explicou ainda que Priscila Santos de Albuquerque, de 22 anos – mãe da criança – afirmou que tinha ido a um mercadinho na região com sua outra filha de três anos. "A criança chorava muito e estava com o pé amarrado. Esperamos mais de 30 minutos, desde que chjegamos no local, até a mãe aparecer. Na delegacia, Priscila ela contou que tinha ido ao mercadinho e disse que o fato do menor ter problemas de locomoção não teve como levá-lo. A polícia informou que ela seria encaminhada para a Casa de Custódia", disse.

Vizinhos disseram aos conselheiros tutelares que essa não é a primeira vez que Priscila deixa os menores sozinhos em casa. "Eles contaram que a mãe das crianças costuma espancá-los e passar sal nos ferimentos. Vendo o sofrimento dos menores resolveram denunciar", contou Oliveira.

Após o caso ter sido encaminhado à polícia, a avó das crianças – que é policial civil – resolveu ficar com a guarda provisória dos menores. "Espero que a avó das crianças não tenha conhecimento dos maus tratos feito por Priscila, pois se soubesse seria muita negligência. Eles também têm pai, mas não mora com a Priscila. Deve também ser acionado pela polícia", disse Cecília Oliveira.

Penedo

O Conselho Tutelar de Penedo também foi acionado para verificar uma denúncia de abandono no município. Em uma residência situada na Rua Alto da Pólvora, sete crianças – entre um mês e 14 anos – eram mantidas em condições subumanas.

As crianças moravam com os pais Ana Ferreira Gomes Santos, de 33 anos e Cícero Ferreira da Cruz Filho, 69 anos, que no momento da visita dos conselheiros estavam no local.

Segundo a conselheira tutelar, Maria Dulcicleide disse que o bebê apresentava picadas de inseto e estava dormindo em um papelão no chão sem a mínina segurança e higiene.

A casa não tinha uma das paredes, pois tinha desabado durante as últimas chuvas que castigaram a cidade. Por isso, o Corpo de Bombeiros foi chamado para que a residência fosse interditada e conduzir a família para outro local.

Uma casa na região foi alugada temporariamente para a família até que seja encontrada uma solução dos órgãos competentes. O Conselho Tutelar conseguiu arrecadar alimentos, roupas, mosquiteiros e um berço para o bebê.

Devido à denúncia, o pai das crianças fez diversas ameaças aos vizinhos afirmando que estavam vivendo bem e iria tomar satisfação com quem o delatou assim que descobrisse o autor da acusação.