Agricultores conseguem relatório no IMA

AssessoriaApós conseguir documento, agricultores seguem para Vara Agrária, em Maceió

Após conseguir documento, agricultores seguem para Vara Agrária, em Maceió

Cerca de 60 agricultores que recebem o apoio da Comissão Pastoral da Terra em Alagoas deixaram o prédio do Instituto do Meio Ambiente (IMA) no bairro de Bebedouro em Maceió. A ação serviu para exigir a apresentação do laudo técnico que comprova o desmatamento na Fazenda Boa Esperança em Major Izidoro, onde possui 28 famílias camponesas acampadas na propriedade do Deputado Federal, Benedito de Lira (PP/AL).

O assessor jurídico do IMA, Antônio de Pádua, se reuniu com a comissão e após ouvir todas as exigências entregou o Relatório de Fiscalização que comprova o desmatamento na área e consta os termos de advertência (nº000655/2010) e de intimidação (nº001110/2010) do proprietário.

A propriedade foi notificada em 05 de janeiro deste ano por causa da supressão de vegetação da caatinga, inclusive, de espécies de valor comercial. Foram encontrados cerca de 200 metros cúbicos de estacas de madeira e mourões, e precisariam de 15 caminhões para transportar o material, dentre as espécies apreendidas estiveram pé de pereiro, juazeiro, caatingueira, braúna, angico, mororó, pau d’arco, jurema, mandacaru e mameleiro.

Agora todos estão na Vara Agrária onde participarão de uma audiência especial às 10h com o Ouvidor Agrário Nacional, Gercino Filho. Na ocasião, os representantes das famílias camponesas estão sendo intimidadas na fazenda há dois anos buscam a suspensão da reintegração de posse, e relatarão as irregularidades que existem no imóvel rural.

Fazenda Boa Esperança
A Fazenda Boa Esperança possui 475 hectares, passou 10 anos em estado de abandono tem dívidas no Banco do Nordeste. As 28 famílias camponesas foram morar no local há dois anos a convite do filho do próprio proprietário, o Deputado Estadual Arthur Lira (PP/AL).
Atualmente, estão plantando milho, fava, feijão, palma, tomate, alface, cebola e coentro; também possuem uma pequena criação de ovelha, cabra, porco e galinha. Caso seja oficializada a reintegração de posse no dia 25 de março, essas famílias não têm para onde ir e a situação ficará ainda mais delicada.

Fonte: Ascom CPT

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