O vereador e futuro presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Novaes (PRB) e a vereadora Tereza Nelma (PSB) voltaram a protagonizar mais um embate na Casa de Mário Guimarães. A discussão entre os dois – hoje adversários políticos – ainda é resquício do processo de eleição antecipada. Nelma tentou barrar a eleição de Galba Novaes argumentando que não havia presença de “mulheres na Mesa Diretora presidida por Novaes”.
Como os vereadores não acataram o argumento de Nelma, que se apoiava na Lei Orgânica do Município, o embate acabou ganhando dimensões extra-Câmara Municipal, com troca de acusações na imprensa. De acordo com Galba Novaes, ele foi atacado em um e-mail distribuído por Tereza Nelma e em uma das recentes entrevistas da vereadora. Nelma teria chamado o futuro presidente de machista e afirmando que este só serviria para presidir países islâmicos, em referência à cultura rígida contra as mulheres.
Galba Novaes usou a tribuna para falar do respeito pela crença islâmica e lamentou as frases da companheira vereadora. De acordo com Novaes, Nelma teria se referido a ele como “mestre em estratégias difíceis de suportar”. “A vereadora disse à imprensa que eu mandei um empresário procurá-la para fazer pressão e que recebeu telefonemas de vereadoras que se diziam pressionadas”, colocou ainda.
As vereadoras da Casa – incluindo Heloísa Helena – negaram terem sido pressionadas para votar, ou que tivessem pleiteado um cargo na Mesa Diretora e este tenha sido negado por Galba Novaes. “Se as mulheres desta Casa quisessem um cargo, poderiam ter pedido e a gente abria para negociação”. Todas afirmaram que não procuraram Galba Novaes. Silvania Barbosa disse, entretanto, que não houve procura por parte dela, porque soube da antecipação da eleição e da formação da chapa pela imprensa. “Mas, mesmo assim não teria interesse em um cargo”, frisou.
“Destilar ódio não é bom”, colocou Novaes, se referindo a Nelma. Galba Novaes creditou as declarações da vereadora a uma possível “mágoa”. “Mas, meu coração não tem lugar para a maldade”, finalizou ainda. Tereza Nelma – em seu pronunciamento – disse que Novaes foi o primeiro a levar o caso para a discussão na imprensa e que não era de seu interesse tratar da matéria fora dos limites da Câmara Municipal.
“Toda ação, requer uma reação”, destacou. A vereadora do PSB salientou ainda que defendeu a lei orgânica e a participação feminina na Casa de Mário Guimarães. “Sempre fiz política do bem, para aqueles que mais precisam. Respondi às críticas apenas, não uso rancor, nem mágoa, não é o meu expediente”, limitou-se Nelma.
