O comandante do Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Mário da Hora, disse que a Polícia Militar “está trabalhando normalmente". Segundo o coronel, viaturas e policiais estão nas ruas. O policiamento está normal, não sentimos o efeito do possível aquartelamento”.
As associações de militares haviam anunciado o aquartelamento nesta quarta-feira, 7, em protesto ao não cumprimento de acordo entre a categoria e o governo do estado. Os militares reivindicam o pagamento de um resíduo de 7%, além do cumprimento das datas-bases. A orientação do comando de greve era para a permanência dos militares escalados nos quartéis e a mobilização dos demais na porta da Assembleia Legislativa, no Centro.
O movimento, no entanto, teria perdido força após supostas ameaças de retaliação do comando-geral da Polícia Militar. Nesta terça-feira, 6, uma comitiva de 40 militares participaram de uma mobilização em Brasília (DF) pela aprovação da PEC 300.
A expectativa é de que várias categorias se reúnam na Praça Dom Pedro II e reforce a mobilização dos servidores da Casa de Tavares Bastos, que decretaram greve na última semana, reivindicando a implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC). Devido à presença dos servidores, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) conseguiu realizar apenas uma sessão relâmpago e anunciou que pretende pedir reforço policial para garantir a realização da sessão de hoje.
O início da manifestação está previsto para as 11h e deve reunir – segundo seus organizadores – mais de 1.500 servidores que seguirão em caminhada para o Palácio República dos Palmares e voltarão para a ALE, onde acompanharão a sessão.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT), Isak Jackson, disse que a reivindicação dos servidores é pelo reajuste linear e pela retirada do projeto das organizações sociais (OSs), que tramita na ALE e que segundo a CUT representa a privatização da saúde pública.
Passeata
No final da manhã, os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas do Centro de Maceió, complicando o trânsito já caótico da cidade. Os servidores ocuparam a sede da Secretaria da Fazenda, onde realizam ato público.
Já os representantes de associações militares garantiram que os policiais não estão realizando o policiamento ostensivo, seguindo orientação do comando de greve. Além dos militares, participam do movimento servidores da Saúde, Educação, peritos, e trablhadores rurais ligados à Comissão Pastoral da Terra (CPT).