‘O TJ será responsável pela minha morte’, diz Cícero Ferro

ALE/ArquivoCícero Ferro discursa na tribuna da ALE

Cícero Ferro discursa na tribuna da ALE

Com um discurso forte e emocionado, o deputado estadual Cícero Ferro (PMN) usou a tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira, 7, para criticar o habeas corpus concedido na semana passada pelo pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas aos dez acusados de tentarem assassiná-lo há cerca de seis anos. Segundo Ferro, a decisão do pleno foi movida por razões pessoais.

“O pleno do TJ diz que nunca concedeu HC a criminoso foragido, mas resolveu absolver um bando de bandidos foragidos há mais de seis anos. Eu não sou bandido, bandido tem no Tribunal. Corro risco de vida porque esses bandidos já fizeram três atentados contra mim, imaginem agora, que estão livres. O TJ será responsável pela minha morte”, desabafou Ferro.

Após o discurso, onde listou inúmeros crimes que teriam sido cometidos pelos acusados nos estados de Alagoas, Maranhão e Pernambuco, Ferro solicitou que o presidente da ALE, deputado Fernando Toledo, intermediasse junto ao governador e ao Conselho de Segurança do Estado um pedido de segurança para ele e sua família.

“O presidente do Conselho de Segurança já negou meu pedido de segurança, mas concedeu ao Ernandi Malta, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo, que é um maloqueiro. Só tem direito a segurança quem for amigo do conselho”, disparou o parlamentar, frisando que não sairia de Alagoas e que era candidato a reeleição no pleito deste ano.

“A decisão do TJ foi movida a raiva, porque eu denunciei o Tribunal. Não sou bandido. Bandidos são os que o TJ concedeu habeas corpus. Bandidos que tentaram me matar três vezes e agora é como se o TJ falasse: vão e se livrem dele de uma vez. Espero que os netos, filhos e esposas dos desembargadores não passem o que a minha família passou e vem passando”, continuou o deputado.

Ferro disse ainda que na semana passada os acusados da tentativa de homicídio comemoraram a decisão do TJ durante cinco dias, com direito a ‘farra e exibição de armas no município de Minador do Negrão’.

As críticas do parlamentar atingiram também o Ministério Público, cujo parecer do procurador de Justiça Luiz Carnaúba teria sido favorável ao HC: “Não foi ele que levou mais de 200 tiros e foi atingido por nove”, alfinetou Ferro.

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