Polícia prende acusado de ser ‘justiceiro’ de Marechal

Flávia Duarte/Alagoas24horasDelegado Flávio Saraiva e delegado-adjunto José Edson dão detalhes de investigação envolvendo Justiceiro

Delegado Flávio Saraiva e delegado-adjunto José Edson dão detalhes de investigação envolvendo Justiceiro

A Polícia Civil de Alagoas apresentou na manhã desta terça-feira, dia 4, um suspeito de integrar um grupo de extermínio na cidade de Marechal Deodoro. O delegado da cidade, Flávio Saraiva, investiga a participação de Leandro da Silva Conceição, 22 anos, em pelo menos sete crimes de homicídio.

Segundo o delegado, Leandro seria um suposto “justiceiro” na região. O jovem já foi informante da Polícia Civil na cidade e, ao ver o aumento da violência na região, teria – junto com outras pessoas – começado a fazer Justiça por conta própria. O grupo de extermínio teria feito pelo menos sete vítimas desde o ano passado, entre elas, o filho do músico Nelson da Rabeca, Gilson Duarte dos Santos, executado em dezembro de 2009.

As vítimas do grupo de extermínio, ainda segundo o delegado, teriam o mesmo perfil: jovens, usuários de droga e envolvidos com pequenos furtos. “Geralmente os usuários começam a furtar para manter o vício e isso incomoda a comunidade”, explicou.

Leandro foi preso no último sábado, dia 1°, na casa de um sargento da Polícia Militar de Alagoas. O militar não teve o nome divulgado, mas – de acordo com Saraiva – também está sendo investigado.

“Ele [Leandro] é tido como o ‘Terror da Baixa da Sapa’, nome informal com Conjunto José Dias, na periferia de Marechal. Estamos investigando quantas pessoas fazem parte deste grupo de extermínio, mas há indícios da participação de mais quatro ou cinco pessoas. Por isso convocamos a população para que denuncie e nos ajude a elucidar os crimes. Quem não quiser se identificar pode ligar para o disque-denúncia da Polícia Civil: 0800 284 9390”, completou o delegado.

Em entrevista à imprensa, Leandro alegou não ter envolvimento com os crimes que estão sendo atribuídos a ele. O jovem afirmou que conhecia algumas vítimas assassinadas, mas se diz tranquilo quanto a sua inocência. “Já trabalhei numa usina e para a Prefeitura. Fui preso enquanto trabalhava como servente de pedreiro na casa do militar. Não tenho envolvimento em crime algum e estou com a consciência limpa. Sou muito querido na comunidade e tenho ainda certificação de líder comunitário”, ressaltou.

Questionado sobre a participação em um grupo de extermínio, Leandro alegou que anda sozinho. “Eu ando sozinho: eu e Deus. Não tenho vícios. Não bebo, não fumo… e sou um trabalhador. Ando por todo lugar sem temer ninguém, pois não cometi nenhum crime”, disse, destacando apenas que foi preso uma vez porque se envolveu em um acidente, onde teria destruído uma cerca.

Os crimes de homicídio que estão sendo investigados e atribuídos ao grupo tiveram como vítimas Júlio César Santos de Jesus; Gilson Duarte dos Santos; Gilvânio Oliveira Lima (Guga); José Leandro da Silva Pinto; Gedson Correia de Oliveira; Cleber Leandro da Silva; e o assassinato de um tatuador conhecido pela alcunha de “Arribite”.

Leandro deverá ficar preso por 30 dias. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juiz da Comarca de Marechal, Leodênisson Bezerra.

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