Procuradora não recebe visita e recusa refeição

A procuradora aposentada Vera Lúcia Sant’Anna Gomes, acusada de torturar a menina de 2 anos que ela pretendia adotar, vai ficar presa pelo menos até a próxima semana, quando a Justiça decide sobre o pedido de habeas corpus. Ela está numa cela com mais nove mulheres.

Vera Lúcia está há mais de 24 horas no presídio feminino Nelson Hungria, conhecido como Bangu 7. Como tem curso superior, a procuradora aposentada tem direito a cela especial, com televisão e banheiro.

Ela divide o espaço com outras nove presas, a maioria presa por tráfico de drogas. Todas dormem em beliches.

Nesta sexta-feira (14), ela não recebeu visitas e desde a noite de quinta-feira (13) ela recusa as refeições do presídio. A acusada come apenas frutas e biscoitos que ela mesma levou. Vera Lúcia foi obrigada a usar um uniforme: calça jeans e camiseta branca.

Ela passou 8 dias foragida. Entregou-se após divulgação de cartaz do Disque-Denúncia pedindo informações sobre seu paradeiro.

O advogado de defesa, Jair Leite Pereira, disse que vai entrar com pedido de prisão domiciliar, alegando que a procuradora tem endereço fixo e não tem antecedentes criminais.

Justiça vai analisar pedido de habeas corpus
Na próxima terça-feira (18), a Justiça vai analisar o pedido de habeas corpus que pode dar liberdade à acusada. A previsão é de que Vera Lúcia seja julgada ainda em julho. Se for condenada, pode pegar de 2 a 8 anos de prisão. Mas a pena deve aumentar por se tratar de um crime hediondo de tortura contra uma criança.

“Pelo fato de ser a vítima criança indefesa é algo que o juiz pode usar para colocar a pena acima do mínimo legal”, disse Bruno Melaragno, conselheiro da Organização dos Advogados do Brasil (OAB).

Fonte: G1

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