‘Estão tentando me tirar, para limpar a área’, diz Pinto de Luna

Alagoas24horas/ArquivoPinto de Luna é retirado - oficialmente - da disputa ao Senado; Bonfim será confirmado

Pinto de Luna é retirado – oficialmente – da disputa ao Senado; Bonfim será confirmado

O pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, José Pinto de Luna (PT), crê na unidade partidária em torno de seu nome e vai continuar lutando por sua candidatura – segundo ele mesmo – até o último momento. A candidatura de Luna é incerta dentro da frente de apoio ao ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) ao Palácio República dos Palmares.

A majoritária deve apresentar dois nomes ao Senado Federal. Um deles já é certo: Renan Calheiros. O segundo será Pinto de Luna ou Eduardo Bonfim (PCdoB). “Eu tenho o maior respeito pela figura do Eduardo Bonfim, mas se for uma chapa que busca ser vitoriosa, quem neste momento tem mais densidade eleitoral sou eu. Se for a escolha lógica, pelas chances de vitória, o pré-candidato sou eu. Falo isto com muito respeito ao Bonfim, mas é uma verdade: os meus números estão em ascensão”, coloca Luna, que é ciente de sua batalha interna.

Luna confirma movimentos no “tapetão político” para retirá-lo do páreo. Recentemente, o pré-candidato esteve em Brasília (DF), onde o PT nacional o pediu para retirar sua candidatura. O delegado aposentado da Polícia Federal reconhece que por conta da disputa pelo Senado Federal há um “tensionamento” na Frente de Oposição de Ronaldo Lessa.

De acordo com Luna, a esfera nacional fez o pedido por analisar que não “havia boa perspectiva no que diz respeito a votos em sua candidatura”. “Na análise que foi feita lá, eu iria disputar para perder. Mas, os meus números crescem. A minha candidatura incomoda. Estão tentando me tirar para limpar a área. Na minha análise, a retirada da minha candidatura beneficia Benedito de Lira (PP), Heloísa Helena (PSOL), José Costa (PPS) e Renan Calheiros (PMDB). Estão querendo ganhar sem disputar. Isto é minha análise, sou eu que estou falando. Agora, o que eu não tenho é ingerência e poder para influir na candidatura de ninguém. Nem quero”, ataca o pré-candidato.

Indagado se ingerência poderia envolver um “fogo-amigo”, já que nos bastidores se afirma que alguns petistas estariam torcendo para uma possível retirada de Luna, o pré-candidato defende o partido. “Acredito na unidade do PT em torno do meu nome, inclusive com a presença do presidente estadual Joaquim Brito nesta luta”. Tanto que Pinto de Luna avaliou como positivo o encontro ocorrido na casa do ex-vereador e atual secretário de Educação, Thomaz Beltrão (PT). “O encontro mostrou esta união. Fizeram apoio a minha candidatura”.

“Eu quero deixar claro que busco a unidade partidária. Vou continuar militando no PT e vou acatar a decisão do partido, sem mágoas. Mas, não vou jogar a toalha. Vou lutar pela minha candidatura até o fim”. O delegado disse ainda que “não sofre com nenhuma mordaça”. Chegou a ser insinuado na imprensa que ele estaria “proibido” de falar sobre o assunto de sua candidatura, para evitar polêmicas. Luna diz que isto não é verdade.

A decisão do segundo nome ao Senado Federal, dentro da Frente de Lessa, sairia nesta segunda-feira, dia 17 de maio. Mas, segundo Pinto de Luna, a reunião foi adiada para o próximo dia 31. “Foi o que me passaram. Se fosse hoje seria um tempo muito curto para decidir”, destacou Luna, afirmando ainda que possui mais “cabedal eleitoral” que Eduardo Bonfim.

Luna ainda criticou os critérios da Frente para escolher o segundo candidato. "A votação por partidos é desleal. Eu só terei o voto do presidente do PT, porque nunca participei de composição política alguma. A escolha tem que ser feita por densidade eleitoral".

Para Luna, uma chapa Lessa, Bonfim e Calheiros na majoritária é uma clara arrumação para beneficiar o peemedebista. “Se for para servir de escada para Renan Calheiros, eu não sou qualificado. Eu vou para ganhar. Se a frente é vitoriosa, eu estou pronto para ser candidato”, finalizou.

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