Comandante do BPTran – coronel Wellington Silva
Os pais de crianças menores de 10 anos terão um tempo maior para se adequar ao uso do dispositivo de retenção em veículos. A fiscalização sobre a utilização do equipamentos destinado a crianças – que teria início na quarta-feira, 10 – foi prorrogada para o dia 1º de setembro. A decisão tomada nesta terça-feira, 09, pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) ocorreu devido à falta do equipamento no mercado, em todo o país.
Em Alagoas a situação não é diferente. Diversas empresas especializadas na venda das cadeirinhas estão com o estoque vazio e algumas possuem lista de espera de consumidores.
Uma reunião foi realizada hoje, entre BPTran, Detran e Ministério Público para assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), onde seria estabelecido novo prazo para início da fiscalização em Alagoas, no entanto, com a determinação do Contran, os órgãos discutiram a deliberação de uma campanha educativa para orientar ainda mais aos condutores.
"Iremos fazer uma campanha para saber quem usa cadeirinha, porque usa e como usa. O foco será sempre as crianças", afirmou a promotora da Vara de Trânsito do MP, Marluce Caldas.
O comandante do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), coronel Wellington Silva informou que durante o período determinado pelo Contran não haverá notificação, mas apenas um trabalho educativo. "Queremos que os motoristas não deixem de usar as cadeirinhas e não esperem ser multados. A intenção é conscientizar os pais sobre os riscos e preservar a vida das crianças", acrescentou o coronel.
Resolução
Com as novas regras especificada na resolução 227 do Contran, os bebês de até um ano serão transportados no bebê conforto no banco traseiro. As crianças entre um e quatro anos devem utilizar cadeirinha também no banco traseiro. Os menores de idade entre 4 e 7 anos e meio serão obrigados a usar assento de elevação e com cinto de segurança. Já as crianças de 7 anos e meio a 10 anos, devem usar o cinto de segurança no banco de trás.
Segundo o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Claudio Soriano, os pais tiveram um prazo de dois anos para se adequarem as regras. No entanto, muitos deixaram para última hora. “Talvez o comércio tenha ficado com a sensação de que a lei não iria pegar, por isso não investiu o suficiente na aquisição das cadeirinhas. Temos que nos empenhar nesse processo de conscientização, já observamos que a sociedade tem noção que deve preservar suas crianças . Vemos que 40% de crianças mortas no Brasil foram vítimas de acidentes de trânsito”, disse.
Quem descumprir a lei pode ser penalizado com a perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), multa de R$ 191,54 e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.
Crédito: Priscylla Régia/Alagoas24Horas
Crédito: Priscylla Régia/Alagoas24Horas
