Militar esclarece prisão do pedreiro que morreu

antonio aragão // tribunauniao.com.br

Na tarde desta sexta feira (11), a editoria deste noticioso conseguiu um contato com o 3º sargento da Policia Militar de Alagoas Marcos Antonio Francisco Silva conhecido como “sargento Marquinhos” lotado no 2º BPM em União dos Palmares, e que na noite do dia 07 (2010 jun) comandava uma guarnição do PELOPES que deteve o suposto pedreiro José Antonio da Silva de 47 anos de idade no Conjunto Residencial Padre Donald, conhecido como “Morro das Cobras”, cujo detido entrou em óbito no Hospital São Vicente de Paulo.

O militar pediu espaço para contar sua versão, que conforme suas declarações é totalmente diferente das acusações que pesam contra ele e mais os policiais soldados Militão, Emerson e Siqueira. No se relato, diz o sargento Marcos: “estavamos rondando como é comum e por volta das 21,40 horas recebemos uma mensagem do COPOM informando que havia um som alto no conjunto Padre Donald. Deslocamos-nos ao local e lá constatamos que realmente havia um “som alto”. Ao desembarcar da viatura o senhor José Antonio ao perceber nossa presença, se evadiu do local pelos fundos da residência.

Vizinhos que assistiam a primeira parte da história, provavelmente os que ligaram para o Batalhão solicitaram que a guarnição recolhesse o som, pois quando o senhor Antonio voltasse, provavelmente iria ligar de novo. “Então, informei aos populares que somente poderia adentrar a residência com a presença do seu proprietário” afirmou o militar.

“Enquanto conversava com os populares, o referido senhor passava por uma rua abaixo da casa onde morava próximo ao Rio Mundaú, aos gritos, fato que nos foi mostrado pelos populares. Em seguida, entramos na viatura e saímos em sua perseguição, tendo o moço entrado no rio e nos retornamos para a estrada. Percebendo que o cidadão estava embriagado e poderia causar arruaça no local, determinei ao motorista que manobrasse como se fosse embora e fiquei com dois soldados por trás da residência do mesmo”.

“Após cinco minutos de espera, o moço retornou do rio aos gritos e pronunciando palavrões em direção a sua residência. Neste momento fiz um chamado via rádio para a viatura determinando que a mesma retornasse ao local (residência do acusado). Ao perceber que a viatura estava retornando, o moço tentou novamente fugiu pelos fundos da casa, foi quando o detivemos depois que ele foi de encontro ao soldado que lhe deu ordem de prisão e ele reagiu tentando correr, quando o soldado aplicou-lhe uma rasteira derrubando-o ao solo e tentou algemá-lo. Somente com a chegada minha e de mais um soldado, conseguimos imobilizá-lo e o conduzimos até a viatura”.

“No trajeto entre o local em que o dominamos até a viatura o senhor José Antonio que estava consciente andou normalmente e ao entrar no xadrez da viatura pediu ao vizinho de nome Lourival que desse a ele (Antonio) uma camisa e os documentos. Fechamos a viatura e o conduzimos até o Batalhão com o senhor Lourival para fazer o TCO.

Detido começou a passar mal

Ao chegar ao Batalhão para a feitura do TCO, percebemos que o homem começava a passar mal. De imediato o conduzimos ao Hospital São Vicente de Paulo e os entregamos aos médicos que tentaram por todas as maneiras reanimá-lo. Esperamos algum tempo para receber um documento que comprovasse que conduzimos o detido ao Hospital, e ai nos chega o médico plantonista informando que o senhor José Antonio havia entrando em óbito. Recordo-me de haver perguntado ao médico qual teria sido a causa da morte, no que ele respondeu não saber dizer precisamente, contudo disse que o óbito pode ter sido em função do esforço físico empreendido quando das duas fugas, associado à ingestão de bebidas por três dias seguidos. Todos estes fatos aconteceram em presença de diversas testemunhas dentre estas o vigilante do Grupo Escolar Edvar Santos conhecido como Arnaldo, o Cícero Jacó que reside defronte ao seu Antonio e a uma guarda municipal de nome Ângela, cujas pessoas assistiram o momento da prisão e a condução do detido até a viatura” disse o sargento.

A versão da compra do caixão

Perguntado sobre se tinha em companhia dos outros militares comprado um caixão para sepultar o senhor José Antonio, o sargento disse que o fato era uma inverdade.

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