Presos disputam ‘passe’ de Bruno no presídio

Ídolo da maior torcida do Brasil e com a possibilidade de se transferir para um dos principais clubes da Itália, o goleiro Bruno Souza vai acabar reforçando uma equipe bem diferente. Flamengo e Milan ficaram para trás. Preso desde quarta-feira sob a acusação de tramar a morte da sua ex-amante Eliza Samudio, o jogador é disputado pelos detentos da Penitenciaria Nelson Hungria – onde está encarcerado há dois dias – para reforçar um dos times da cadeia no torneio de futebol que é realizado todo fim de semana.

Segundo familiares dos presos, o passe do goleiro está bastante ‘valorizado’ na cadeia, e os internos já começaram a disputar quem vai ficar com o reforço. Mas a estreia do jogador vai demorar, pelo menos, duas semanas. Bruno terá que ficar ficar esses primeiros dias em uma cela isolada, sem contato com os demais presos, numa espécie de adaptação, que pode durar de 15 a 30 dias, segundo o subsecretário de administração penitenciária de Minas Gerais, Genílson Zeferino. "Todo preso recém-chegado fica isolado numa cela particular para efeitos de adaptação. Depois disso, ele passa por uma comissão técnica que o julga apto para receber ou não visitas e se integrar aos demais presos", disse o subsecretário, que também ressaltou que Bruno vai demorar a receber visitas íntimas.

Só depois desse período – que pode ser visto como a ‘janela de transferências’ do futebol profissional -, será decidido em que ala Bruno ficará e, portanto, qual time ele vai reforçar.

Essa não será a primeira vez que o goleiro representa uma penitenciária. Aos 16 anos, Bruno defendeu time da Associação de Funcionários da Penitenciária José Maria Alckmin, em Ribeirão das Neves, cidade onde nasceu.

Goleiro já engoliu o primeiro frango: no almoço

Sexta-feira, a primeira refeição de Bruno na cadeia foi um velho conhecido dos goleiros: frango. O prato tinha ainda purê de abóbora e salada. Na sobremesa, doce caseiro. Ontem, o cardápio tinha pernil, arroz e salada de legumes variados.

No pavilhão onde o goleiro está preso, há 35 celas. Isolado, ele está num espaço de seis metros quadrados, uma cama, um chuveiro e vaso sanitário. Não tem janela. A pequena ventilação do ambiente é feita através de uma abertura na cela. Bruno não poderá assistir à final da Copa, hoje. Os outros detentos, no entanto, têm essa permissão. O único contato que Bruno tem é com o advogado, que pode levar apenas duas mudas de roupas e utensílios de higiene pessoal.

meiahora.com.br

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