Projeto que autoriza R$ 3 milhões para o Lifal é discutido na ALE

Sindicalistas aprovam repasse, mas cobram projeto de retomada da produção do Lifal.

Vanessa Alencar/Alagoas24horasSindicalista Paulo Roberto dos Santos

Sindicalista Paulo Roberto dos Santos

O Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, que repassa R$ 3 milhões para aumentar o capital social do Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas (Lifal) marcou as discussões nesta terça-feira, 3, durante a primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) após o recesso. O projeto foi retirado da pauta da sessão extraordinária ocorrida no dia 22 de julho para que os parlamentares pudessem aprofundar o assunto.

“A diretoria do Lifal encaminhou uma Nota Técnica para a Assembleia e vai apresentar aos deputados a necessidade da aprovação do projeto, que deve seguir uma tramitação normal na Casa, mas, caso a explanação dos técnicos convença os deputados, vou solicitar urgência nessa tramitação”, disse o deputado Alberto Sextafeira (PSB), líder do Governo na ALE.

Os técnicos do Lifal se reuniram com os deputados após a sessão para a explanação em defesa do projeto de lei, na presença de sindicalistas e servidores do órgão. A alegação principal para a aprovação do projeto é a própria sobrevivência do laboratório.

“Constantemente o Lifal solicita aporte financeiro. Precisamos saber qual é o problema. É má gestão? Qual o volume de aporte recebido do Estado até hoje? Que matéria prima o laboratório produz? Existe um estudo de viabilidade? Esses questionamentos precisam ser respondidos, do contrário vamos aprovar esse aporte e os problemas não serão resolvidos”, argumentou o deputado Paulão (PT), lembrando eu o Lifal chegou a atrasar em quase três meses os salários de servidores.

A diretoria do órgão alega que hoje o Lifal trabalha com 10% de sua capacidade por falta de recursos e tem uma dívida de R$ 89 milhões, referente principalmente a tributos e fornecedores.

Denúncias

Paulo Roberto dos Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos estados de Alagoas e Sergipe (Sindpetro) disse que era a favor do aporte financeiro, desde que o Governo retome a produção do Lifal. “Hoje o Lifal só produz três dos 28 remédios que produzia. Defendemos o incremento da verba e vamos apresentar um projeto de retomada da produção”, afirmou.

O sindicalista disse que, na próxima sexta-feira, 6, às 10h, irá conceder uma entrevista coletiva à imprensa, na sede do Sindpetro, no Centro, para falar dos problemas enfrentados pelo Laboratório desde os governos passados. Segundo ele, na pauta do encontro estão denúncias de desvios e superfaturamento.

“Agora mesmo cerca de R$ 5 milhões em medicamentos que estavam aos cuidados do Lifal serão incinerados porque perderam a validade. Vamos ao Ministério Público amanhã para denunciar oficialmente a perda dos remédios”, concluiu o sindicalista.

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