PF descobre plano para matar juízes e promotores alagoanos

Igesp/ArquivoEm junho, transferência de presos alagoanos aconteceu com avião da FAB

Em junho, transferência de presos alagoanos aconteceu com avião da FAB

Gravações de contatos telefônicos entre reeducandos da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, e indivíduos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age nos presídios de São Paulo, revelaram um audacioso plano para matar juízes e promotores de Alagoas. A descoberta da Polícia Federal e Departamento Penitenciário Nacional (Depen) resultou no reforço da segurança dos alvos.

Segundo informações do Depen e PF, as gravações revelam os nomes dos magistrados e promotores que estão na mira dos bandidos. Foram citados nas gravações os juízes Maurício Brêda e Ana Raquel Gama, da 17ª Vara Criminal da Capital, e os promotores de Justiça Ciro Blater, da Vara de Execuções Penais, e Alfredo Gaspar de Mendonça, do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual.

Os criminosos pretendiam executar as vítimas durante o pleito eleitoral. As gravações revelaram que os bandidos sabiam todos os detalhes sobre a vida das vítimas e sua rotina, o que impressionou ainda mais a PF. O plano foi descoberto há cerca de um mês e os alvos dos bandidos já tiveram a segurança reforçada.

Há informações de que o plano teria sido motivado por vingança. Em outubro do ano passado foram transferidos para o presídio de “segurança máxima” os detentos: Ivanildo Nascimento Silva, o ‘Aranha’, e Moisés Santos da Costa Júnior, o ‘Gil Bolinha’. Ambos são apontados pela Polícia Civil de Alagoas como peças-chaves no organograma do tráfico de drogas na capital alagoana.

Aranha também é acusado em vários assassinatos. Gil Bolinha, por sua vez, ainda protagonizou o episódio envolvendo sua liberação mediante suposto pagamento de propina.

A transferência ocorreu por determinação dos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, que acatou pedido do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), que realizou um mapeamento, juntamente com o então intendente penitenciário, tenente-coronel Luiz Bugarin, sobre os presos mais perigosos do sistema prisional de Alagoas.

Ao todo, 19 presos já haviam sido transferidos. Entre eles, o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcanti, em março de 2007, a pedido do Judiciário alagoano, transferido para Catanduvas

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