Para conscientizar a população sobre os males que o tabaco traz à saúde, a exemplo do câncer de pulmão, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) elaborou uma programação referente ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, que acontece em 29 de agosto. Para isso, a coordenadora Estadual de Controle do Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, reuniu os técnicos municipais para traçar as estratégias que serão adotadas em Alagoas.
Isso porque, este ano a campanha terá como foco a conscientização das mulheres, já que o Ministério da Saúde (MS) detectou que a mulher tornou-se um dos alvos prediletos de campanhas patrocinadas pela indústria do tabaco, que passou a divulgar o cigarro como símbolo de emancipação e independência.
E como se não bastasse, o índice de mulheres que fumam durante a gravidez é expressivo no Brasil, já que as futuras mamães parecem estar desinformadas sobre os sérios ricos que os bebês correm, a exemplo do aborto e do comprometimento neurológico.
“Atualmente a indústria do tabaco tem evidenciado que fumar é algo luxuoso, representa uma atitude alguém que vive em liberdade e, em alguns casos, chega a ser encarado como status social. Características que dizem respeito às mulheres, que lutam pela emancipação e pela igualdade de gêneros. Por isso, temos que conscientizá-las que fumar não as emancipa, não as deixa em igualdade diante dos homens e comprometem sua saúde e a de seus filhos”, frisou.
Ainda de acordo com Vetrúcia Teixeira, estão programadas divulgação de ações através da mídia, promoção de ações em ambientes frequentados por mulheres, mobilização de estudantes, debates, caminhadas, palestras e exposições.
Sensibilização – O Dia Nacional de Combate ao Fumo foi criado em 1986 através da Lei Federal nº. 7.488, com a finalidade de reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais ocasionados pelo tabaco.
O tabagismo é um fator de risco para mais de 50 doenças e é responsável pelo registro de cinco milhões de mortes que acontecem anualmente no mundo, sendo 200 mil no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo como a segunda maior causa de mortes de fumantes ativos e a terceira de fumantes passivos.
Uma das lutas dos gestores de saúde em todo o mundo é o cumprimento do artigo 8 da Convenção Quadro de Controle para o Tabaco, que se reporta à Lei dos Ambientes 100% Livres do Fumo.
