Petistas atacam segurança pública e presidente da ALE rebate

Em entrevista à imprensa após a sessão, o deputado Fernando Toledo (PSDB) classificou o discurso de Paulão como “oportunismo político eleitoreiro”.

Vanessa Alencar/Alagoas24horasSomente 13 deputados compareceram à sessão plenária

Somente 13 deputados compareceram à sessão plenária

Na sessão ordinária desta terça-feira, 31, os deputados petistas Paulão e Judson Cabral foram os únicos dos 13 parlamentares presentes a usarem a tribuna na Assembleia Legislativa, ambos tendo como alvo principal a segurança pública no Estado de Alagoas.

Paulão citou o exemplo da chacina onde quatro jovens foram executados no Benedito Bentes, no dia 14 passado, para ilustrar os números apresentados pelo Ministério da Justiça, que colocam Alagoas e Maceió entre os locais mais violentos para a faixa etária entre 14 e 25 anos.

“O secretário municipal de Direitos Humanos, Pedro Montenegro, suscitou o debate no Conselho de Segurança e a reação por parte dos integrantes do governo foi de questionar os números do Ministério da Justiça. Falta celeridade dos órgãos de segurança”, afirmou.

Paulão também criticou a mudança, que ele denominou como “abrupta” do Comando da Polícia Militar. “O coronel Dalmo Sena foi exonerado sem diplomacia, de forma constrangedora e quem paga o preço dessa falta de sintonia entre os órgãos de segurança é a sociedade”.

Deixando a questão da segurança de lado, mas sem perder o tom de crítica ao Poder Executivo, o parlamentar cobrou ainda que a Comissão de Infra-estrutura da Casa convide representantes da Comissão de Defesa Civil do Estado para apresentar um levantamento dos estragos causados pelas enchentes que afetaram o Estado em junho passado.

“O governo federal já repassou mais de R$ 500 milhões para infra-estrutura e até agora nada foi investido. Há informações de que cidades mais destruídas têm menor número de casas. Quais foram os critérios utilizados? É preciso que esta Casa debata esse assunto com urgência, ou por meio de uma sessão pública ou por meio da Comissão de Fiscalização. Se não fosse o governo federal estaríamos em processo de guerra”, disse o petista.

Judson Cabral também criticou a “violência desenfreada” e disse esperar que, no próximo dia 15, quando o Poder Executivo deve enviar à Assembleia a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2011, a segurança pública seja tratada com mais atenção.

Oportunismo eleitoreiro

Em entrevista à imprensa após a sessão, o deputado Fernando Toledo (PSDB) classificou o discurso de Paulão como “oportunismo político eleitoreiro” e elogiou a atuação do Comitê de Reconstrução: “Paulão se aproveita das questões eleitorais. Temos acompanhado as ações do comitê, que também está sendo fiscalizado pela União e pelo Ministério Público. A reconstrução não se faz do dia para a noite”.

Toledo disse que a presidência da ALE só irá convidar os representantes do Comitê para prestar quaisquer esclarecimentos se sentir que há neligência, o que não foi constatado até agora.

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