Galo vira sobre o Timão, 2×1

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Por Carlos Augusto Ferrari
Sete Lagoas, MG

O Fluminense agradece. E o Cruzeiro também. Em ascensão para sair da zona do rebaixamento, o Atlético-MG fez muita gente feliz na noite desta quarta-feira. Isso porque venceu o Corinthians por 2 a 1, de virada, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, com gols de Werley e Zé Luis (Paulinho fez o do Timão), e impediu que os paulistas retomassem a liderança do Campeonato Brasileiro após derrota do Tricolor Carioca para o Santos.

Agora com 28 pontos, após duas vitórias seguidas, o Galo aparece na 17ª colocação, a apenas um ponto do Avaí, primeiro fora do Z-4. Mas a equipe catarinense joga nesta quinta-feira, contra o Palmeiras, assim como o Atlético-GO, 18º, que pega o Flamengo.

Ao Corinthians bastava uma vitória simples para reassumir a liderança, mas a zaga do Timão vacilou e permitiu a virada do adversário. Ainda vice-líder, o Timão segue a três pontos do Fluminense e tem um jogo a menos, mas nesta quinta-feira pode cair para terceiro se o Cruzeiro vencer o Goiás. O time paulista já soma quatro rodadas em triunfar.

Domingo será o dia em que Galo e Timão voltarão a campo pelo Campeonato Brasileiro. O time mineiro tem um desafio complicado contra o Inter, às 18h30m, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. A equipe paulista, por sua vez, volta a jogar em casa. Às 16h recebe a visita do Atlético-GO, no estádio do Pacaembu.

No peito e na rede

O Atlético-MG correu muito no início da partida. Embalado por sua torcida saiu acelerado para cima do Corinthians, especialmente pelo lado direito, com Diego Macedo e Diego Souza nas costas do pentacampeão Roberto Carlos. Logo, o técnico do Timão, Adilson Batista, percebeu a tática do Galo e pediu a Jucilei para ajudar naquele setor.

Deu certo! Com Ricardinho em noite apagada (ele saiu machucado aos 38) e Diego Souza isolado, o Corinthians encaixou a marcação no meio-campo e acabou com a graça dos mineiros. A partir daí, o que se viu foi um Timão mais forte no ataque. Sem Dentinho, é verdade. O jogador, que voltava depois de 13 jogos fora, voltou a sentir a coxa direita e deixou o campo aos 10 minutos.

Seu substituto foi Danilo. O meia, aliás, mudou o jogo. Com mais qualidade na armação, o time paulista teve ótimas chances com Bruno César, que fazia as vezes de atacante e finalizava mais que todo mundo. A sorte do Atlético-MG é que o goleiro Renan estava inspirado. Até mesmo quando o gol estava vazio ele contou com a sorte.

Aos 22 minutos, por exemplo, Danilo mandou para Bruno César na área. O meia cabeceou cruzado e Paulinho perdeu gol da pequena área. Mas como o futebol é imprevisível, o destino quis que o mesmo Paulinho marcasse o único gol do primeiro tempo. Aos 44, após cruzamento de Alessandro e falha de Renan, o volante desviou de peito para o gol.

Vale citar que a jogada do gol corintiano se iniciou graças a uma roubada de bola de Jucilei, que depois passou pelos pés de Iarley, Danilo e Bruno César. À torcida do Galo restou ouvir a minoria paulista gritar: “Ão, ão, ão, segunda divisão”.

Galo aproveita cochilo do Timão

Na tentativa de reagir, Dorival Júnior resolveu mexer no Atlético-MG para o segundo tempo. Sacou o lateral-direito Diego Macedo e colocou o atacante Obina. Serginho passou então a jogar na ala. A ideia de pressionar do Galo, porém, parou na queda de rendimento de Diego Souza e na frieza do Timão, que tocava a bola com calma quando tinha a posse.

Por sinal, quando tinha oportunidade o Corinthians era perigoso. Sempre com Bruno César envolvido. Seja com um passe, um lançamento ou uma finalização. Do lado do Atlético-MG, os chutes de fora da área pareciam a solução de um time desequilibrado taticamente e sem opções criativas para acabar com a vantagem dos paulistas.

Quando isso acontece, a bola parada é sempre uma boa saída. E assim foi. Aos 15 minutos, após cobrança de escanteio da esquerda, o zagueiro Werley marcou de cabeça. O goleiro Julio Cesar ainda encostou na bola, mas não evitou o empate. Empolgado, o Atlético-MG foi para pressão. E o Corinthians deixou a frieza de lado e passou a perder muitas bolas.

Aos 26, um fato curioso. O reserva Fernandinho, do Atlético-MG, se desentendeu com o auxiliar Roberto Braatz e levou cartão vermelho. Mais tarde, aos 32, a bola parada do Galo voltou à ativa. E a “soneca” da defesa do Corinthians também. Serginho cobrou falta para área e Zé Luis, sozinho, cabeceou para virar o jogo em Sete Lagoas.

Bom para o Galo, para o rival Cruzeiro e para o líder Fluminense. Cuidado, Corinthians!

globo.com

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