A demissão em massa de médicos cirurgiões lotados na Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly de Almeida, em Arapiraca, provocou caos por algumas horas neste domingo, dia 24, na unidade hospitalar. Dezenas de pessoas ficaram sem atendimento até que novos plantonistas fossem colocados no plantão.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) nega que houve falta de atendimento. Segundo o superintendente de Atenção à Saúde, Vanilo Soares, uma equipe foi enviada de helicóptero para a UE e houve reforço no atendimento para suprir a carência dos cirurgiões.
Os médicos cirurgiões, os cinco plantonistas do domingo, pediram demissão na última quinta-feira, alegando falta de condições de trabalho. Para o superintendente, a demissão tem conotação política. “Não tenho a menor dúvida que as demissões têm conotação política, uma vez que as condições de trabalho dos médicos é a mesma de um ano atrás. Por que não pediram demissão antes?”, destacou Soares.
Ainda segundo o superintendente, um ‘plano C’ teve que ser montado para suprir a carência dos cirurgiões. “Ninguém deixou de ser atendido. Como os cirurgiões não chegaram para o plantão e os que foram acionados também não compareceram, tivemos que montar um ‘plano C’, onde encaminhamos uma equipe de helicóptero, com cirurgiões e médicos do Samu. O helicóptero do Samu ficou à disposição da unidade durante todo o dia”, destacou.
Os médicos que se demitiram devem responder civil, administrativa e judicialmente pela decisão que tomaram na última sexta-feira (22). Segundo o Diretor de Atenção a Saúde da Sesau, Vanilo Soares, além de quebra de contrato a atitude dos médicos fere o Código de Ética da categoria.
De acordo com Vanilo Soares, o atendimento na UE do Agreste está normalizado nesta segunda.
Por conta do problema registrado ontem, uma reunião acontece na tarde desta segunda-feira, dia 25, junto com representantes da Sesau, Procuradoria Geral do Estado e Judiciário.
