Náutico empata no sufoco com a Ponte e volta para o 16º lugar

Foto: Arnaldo Carvalho/JC ImagemGeílson batalhou mas não marcou seu gol

Geílson batalhou mas não marcou seu gol

Do JC Online

O que não faltou foi tensão no jogo Náutico 1×1 Ponte Preta. Em parte, pelas chances desperdiçadas e a óbvia necessidade do time pernambucano em fugir do rebaixamento. E em outra parte pela complicada arbitragem no segundo tempo, quando Felipe Gomes da Silva (RJ) deixou de expulsar um jogador da Ponte Preta e não assinalou um pênalti contra os alvirrubros. O resultado fez o timbu descer para o décimo sexto lugar com 42 pontos. Na próxima rodada, o adversário será o Brasiliense, que vem logo abaixo abrindo a zona de rebaixamento com 40. O confronto será na Boca do Jacaré neste sábado (13).

Desde os primeiros minutos o jogo ficou bem delineado: o Náutico tomaria a iniciativa, se possível imprensando a Ponte em sua área. Nos primeiros cinco minutos até que os pernambucanos conseguiram. O bom posicionamento ofensivo aliado à troca de passes conseguiu deixar a partida do jeito que eles queriam. Faltou apenas chegar em condições de finalizar.

Já a Ponte limitava-se a afastar no chutão, pois não conseguia coordenar as oportunidades que teve no contra-ataque. Até que aos dez minutos, a Macaca teve uma falta no lado direito, perto da área. Na primeira cobrança, Bruno Collaço mandou alto e seu xará alvirrubro segurou. Não se sabe o motivo, mas o juiz mandou voltar a cobrança. Desta vez, Collaço chutou mais forte e a bola quicou na frente de Bruno antes de entrar.

O Náutico sentiu o gol. Os passes voltaram a sair errados, principalmente pelas nada recomendáveis bolas longas. Alguns jogadores, como Bruno Meneghel, tentaram resolver sozinhos sem qualquer efeito. Somente dez minutos depois o sufoco diminuiu. Jeff Silva cruzou da esquerda e Eduardo Arroz meteu a mão na bola descaradamente. O árbitro marcou pênalti. Bruno Meneghel foi para a cobrança e desta vez não desperdiçou: 1×1.

Depois do empate, o jogo fez jus ao que mostrava o placar e ficou equilibrado. O Náutico ainda teve uma chance aos 25, mas Geílson chutou prensado e a bola sobrou limpa para o goleiro. Depois disso as jogadas ríspidas e a catimba tomaram conta até um contra-ataque da Ponte aos 40 minutos. Souza avança em direção ao gol quando foi puxado por Nílson. Como manda a regra, o volante alvirrubro foi expulso.

Porém nem mesmo a superioridade numérica fez com que a Ponte mostrasse mais apetite para jogar no ataque. Tão pouco o Náutico desenvolveu técnica suficiente para superar o déficit de jogador em campo.

O segundo tempo começou sem alterações nas duas equipes e o que chamou a atenção foram as broncas dos dois técnicos – Givanildo Oliveira e Roberto Fernandes – no árbitro Felipe Gomes da Silva, que, curiosamente, não teve qualquer reação nos dois casos. Com a bola rolando, o que deu a entender é que o Náutico era a equipe com dez jogadores e não a Ponte.

A equipe de Campinas mostrou até certo descomprometimento com a vitória tamanha era a lentidão. Pelo lado do Náutico, o que faltava era criatividade. Erick Flores e Élton não davam opção do jogo, o que resultava no isolamento de Bruno Meneghel e Geílson. Na primeira tentativa em velocidade, a Ponte teve três grandes chances consecutivas.

Aos 17 minutos, Escobar tocou de primeira para Reis. Ele chutou rasteiro e Bruno defendeu. No rebote, Souza mandou uma bomba no travessão. Eduardo Arroz ficou com o segundo rebote e mandou forte mas para fora. Aos 24, Geílson foi lançado e avançou para o gol. Quase na mesma posição em que Souza foi derrubado por Nílson no primeiro tempo, Diego Juceni fez o mesmo com o atacante timbu. No entanto, a interpretação do juiz não foi a mesma. Ele mostrou apenas o cartão amarelo.

Se errou para um lado, Felipe Gomes não deixou barato para o outro. Apenas cinco minutos depois, os paulistas foram ao ataque e Reis chutou da entrada da área. Wescley jogou-se na direção da bola e, discretamente, desviou com a mão esquerda. Apesar do desespero dos jogadores da Ponte ele manteve a marcação apenas do escanteio.

Aos 43, a Ponte perdeu a chance de vencer. Daniel Lovinho desceu pela esquerda e Bruno saiu no desespero. O jogador adversário levou vantagem e rolou para Falcão. Mesmo sem goleiro ele mandou para fora.

CRAQUE – O autor do gol alvirrubro, Bruno Meneghel, foi eleito o craque do jogo pelos internautas do JC Online. O atacante recebeu 65% dos votos, deixando para trás seu companheiro de time, Erick Flores, que ficou em segundo, com 10%. Pablo Escobar, da Ponte, foi o terceiro, apontado por 6% dos votantes.

Ficha do jogo:

Náutico: Bruno; Flávio, Wescley, Walter e Jeff Silva (Emanuel); Nílson, Ramirez, Élton (Edinho) e Erick Flores; Geílson (Thiaguinho) e Bruno Meneghel. Técnico: Roberto Fernandes.

Ponte Preta: Gílson; Eduardo Arroz, Naldo, Diego Juceni e Bruno Collaço; Guilherme, Josimar, Souza e Escobar (Pirão); Reis (Daniel Lovinho) e Pablo Escobar (Falcão). Técnico: Givanildo Oliveira.

Local: Aflitos. Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ). Assistentes: Griselildo de Souza Dantas (PB) e Fábio Pereira (TO). Gols: Bruno Collaço, aos dez; Bruno Meneghel, aos 21 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Erick Flores, Bruno Meneghel, Wescley, Flávio, Naldo, Diego Juceni, Eduardo Arroz, Escobar, Souza, Bruno Collaço e Josimar. Expulsão: Nílson. Renda: R$ 56.805. Público: 13.220.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos