Pela 4ª vez, Coritiba busca taça fora de casa

Édson Bastos esteve na última conquista alviverde longe de Curitiba
Édson Bastos esteve na última conquista alviverde longe de Curitiba

Napoleão de Almeida, especial para a Gazeta do Povo

Mais uma vez, o destino pode privar o torcedor coxa-branca de ver seu time erguer um troféu na­­cional em casa. Como em 73, 85 e 07, o Coritiba terá a oportunidade de ser campeão longe do Couto Pe­­reira. Parece uma sina: mesmo quando pôde decidir diante de seu torcedor, as circunstâncias não deixaram. Desta vez, a sorte do Coxa estará em jogo em Jua­­zeiro do Norte, no Ceará, contra o Icasa, no próximo sábado.

Em duas ocasiões não havia muito como fugir da volta olímpica em terras estranhas. Na mais especial delas, em 1985, a CBF previu um jogo único no Mara­­canã entre os finalistas do Brasi­­leirão. Lá foi o Coxa encarar o Bangu e um público de 91.257 pagantes. Nos pênaltis, veio o título da Primeira Divisão.

No Torneio do Povo de 1973, também não havia como ser campeão em casa. O quadrangular final previa duas partidas jo­­gadas longe de Curitiba, em turno único. Após vencer Corin­­thians no Couto e Flamengo no Maracanã (ambas por 1 a 0), um empate contra o Bahia assegurou a conquista.

Já em 2007 foi o próprio Coxa quem manteve a escrita ao tropeçar no Marília, no Alto da Glória, na penúltima rodada, diante de 38.689 pagantes. Com um jogador a mais, o Alviverde foi derrotado (3 a 2) e viu o Ipatinga colar na classificação. Mas com uma virada contra o Santa Cruz (3 a 2), no Recife, na última rodada, le­­vantou pela primeira vez a Série B nacional. “Naquela oportunidade foram três rodadas para de­­finir o título, inclusive essa do Ma­­rília. A ansiedade atrapalhou”, lembra o goleiro Édson Bastos.

Neste ano, ganhar do vice-líder Figueirense (2 a 1) não bastou, já que uma vitória do Bahia sobre a Portuguesa recolocou os nordestinos na disputa. “O pensamento é ser campeão o mais rápido possível. Não dá para fi­­car na dependência do último jogo. Se você olhar a tabela, o Guará está correndo risco de rebaixamento”.

Mesmo que a tradição aponte chances de mais um caneco longe do Couto Pereira, ninguém no Coritiba espera moleza no Ceará. “Em 2007, mesmo com o Santa Cruz rebaixado, não queriam que a gente desse a volta olímpica no Arruda. E o mesmo serve para o Ica­­sa. Se eu estivesse do outro la­­do, jamais ia querer deixar ser campeão em cima de mim.”

Para que a torcida coxa-branca mais uma vez veja seu time campeão à distância é preciso que a equipe vença. Um empate manterá o Bahia com chances – se este vencer o Santo André, em Salvador. Como a distância entre as equipes é de cinco pontos e o Bahia tem um saldo melhor, o Coxa precisa de dois pontos para assegurar a taça – do contrário, o Tricolor da Boa Terra será o campeão.

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