Leão de fogo: quadrilha sonegou R$ 10 milhões por mês

“Estima-se que 1 milhão de litros de combustível adulterados eram vendidos por mês em Alagoas”, disse o promotor.

Priscylla Régia/Alagoas24HorasA operação envolveu 150 policiais rodoviários de todo o País

A operação envolveu 150 policiais rodoviários de todo o País

Quatorze pessoas presas, 150 mil litros de combustível adulterado apreendidos, doze postos de combustíveis lacrados e a estimativa de uma evasão fiscal de R$ 10 milhões por mês. Esses foram os resultados da Operação Leão de Fogo, deflagrada na madrugada desta quarta-feira, 24, em 12 municípios alagoanos, entre eles Maceió, Arapiraca, Pilar, União dos Palmares, Atalaia e Barra de São Miguel.

A operação, realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Fazenda e Justiça Estadual, desbaratou um esquema milionário de sonegação fiscal e adulteração de combustíveis em Alagoas.

Os dados completos da operação foram apresentados durante uma coletiva à imprensa realizada na tarde de hoje no MPE. Durante a operação, que envolveu 150 policiais rodoviários de todo o País, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão. Durante o cumprimento dos mandados, mais sete pessoas foram presas em flagrante.

De acordo com o promotor Edelzito Andrade, os nomes dos presos não foram revelados porque o inquérito segue em segredo de justiça, mas ele adiantou que alguns dos acusados já figuram em ações penais. Eles devem ser encaminhados ainda hoje para o sistema prisional e responderão por sonegação fiscal, falsificação de documentos públicos, formação de quadrilha e adulteração de combustíveis.

“Estima-se que 1 milhão de litros de combustível adulterados eram vendidos por mês em Alagoas”, disse o promotor. O assessor do Departamento Nacional de Polícia Rodoviária Federal, agente Alexandre Castilho, acrescentou que, em um cálculo superficial, o prejuízo que o esquema gerou aos cofres públicos, com a sonegação fiscal, seja de R$ 10 milhões ao mês.

O promotor destacou a estrutura dos postos, e disse que a maioria possuía tanques no pátio e na parte de trás, onde o combustível era adulterado. Segundo ele, também foram encontrados tanques enterrados na propriedade rural de um empresário, dono de um dos postos investigados: “Os postos são acima de qualquer suspeita, com boa estrutura e bom atendimento”.

“A adulteração era profissional”, complementou Castilho, exemplificando que somente uma empresa fantasma de Arapiraca comprou R$ 5 milhões em álcool, para se ter uma ideia do montante envolvido no esquema.

A investigação que culminou na operação de hoje, teve início há dois anos, graças a denúncias da sociedade.

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