Alagoano é apontado como mandante de atentado a desembargador

Infonet ArquivoJoão Eloy diz que não pode revelar mais detalhes sobre as investigações

João Eloy diz que não pode revelar mais detalhes sobre as investigações

O alagoano Floro Calheiros foi apontado pela polícia sergipana como o mandante do atentado que vitimou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), desembargador Luiz Mendonça, em agosto deste ano.

Em entrevista coletiva, realizada na tarde desta sexta-feira, 26, o secretário de Segurança Pública de Sergipe, João Eloy confirmou que quatro pistoleiros agiram ao comando de Calheiros.

Porém, Eloy informou que as investigações continuam até que o agiota Floro Calheiro seja preso. Na quinta-feira, 25, três integrantes do bando de Floro foram presos em Pernambuco por 40 agentes da Polícia Civil sergipana.

Nesta tarde, um quarto elemento foi detido em Águas Claras (PE) também acusado de envolvimento no atentado.

Em depoimento, Alessandro de Souza Cavalcante, alcunha ‘Bili’, e o ex-policial Clodoaldo Rodrigues Bezerra, o ‘Bezerra’, confessaram a participação e detalharam o crime.

“Eles disseram que Floro afirmou ser inimigo pessoal de Luiz Mendonça e que o desembargador deveria ser morto onde quer que fosse encontrado, mas não podemos dar mais detalhes agora para não atrapalhar as investigações”, disse João Eloy.

O crime foi planejado em Aracaju durante 20 dias aproximadamente. O valor pago pelo agiota ainda não foi revelado pelos presos e a identidade do indivíduo que ajudou na fuga dos atiradores – após ter queimado e abandonado o carro utilizado no atentado – também não foi divulgada.

O secretário de Segurança Pública contou ainda que os acusados acreditavam que o desembargador estivesse morto devido a quantidade de tiros deflagrados contra o veículo da vítima.

Os demais presos são Antônio Ivandro do Nascimento, ex-policial civil da Bahia conhecido por ‘Nem’ e um homem identificado apenas como Ricardinho.

‘Ricardinho’ participou do resgate do Floro no Hospital São Lucas em dezembro de 2008. “Já sabemos quem mandou, temos as provas e no momento certo a polícia vai falar. As investigações continuam, não vamos descansar enquanto Floro Calheiros não for preso”, avisou João Eloy.

Atentado

O desembargador Luiz Mendonça foi vítima dos criminosos na manhã de 18 de agosto deste ano. O presidente do TRE estava em companhia de seu motorista o cabo da Polícia Militar (PM) Jailton Pereira quando foi abordado por quatro elementos e surpreendido por pelo menos 30 tiros de pistola e escopeta.

Mendonça sofreu apenas pequenos ferimentos por estilhaços de bala. Já o motorista ficou gravemente ferido. Pereira chegou a ficar em coma e recebeu alta apenas no dia 22 deste mês.

O nome de Floro Calheiro já era cogitado deste o dia do crime por conta de um comentário de que desembargador faz parte de uma lista de pessoas a serem mortas por estarem envolvidas direta ou indiretamente na condenação do agiota na Justiça (na relação dizem constar os nomes do jornalista Gilmar Carvalho, da delegada Georlize Teles entre outros).

Além de responder pelo sumiço de urnas nas eleições do Município de Canindé do São Francisco em 1996, ele é acusado de ter assassinado o deputado Joaldo Barbosa e o agiota Motinha.

O empresário Floro Calheiros foi preso pela última vez em janeiro de 2008, depois de ter fugido e sido recapturado por outras vezes. Ele havia sido internado no hospital São Lucas no dia 18 de dezembro e, fantasiado de médico, foi resgatado do hospital no dia 21 de dezembro. Até hoje a polícia não sabe do paradeiro dele.

Fonte: Com Infonet

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