O deputado Judson Cabral (PT) usou a tribuna da Casa, na sessão desta terça-feira, 14, para criticar a mensagem governamental que contém o projeto que estabelece nova Lei Delegada visando organizar a estrutura administrativa do Estado. A matéria foi lida durante a sessão ordinária desta terça-feira, 14. “O governo quer mais um cheque em branco para promover mudanças e depois nos trazer surpresas”, observou o petista.
Ele lembrou que o primeiro mandato do governador Teotonio Vilela está chegando ao fim e que já se prepara para o segundo, portanto não pode alegar desconhecimento da máquina, nem dos problemas do Estado. “Esse tipo de reflexão eu tenho que fazer para que possamos realmente ordenar o debate sem tomarmos partido, para que possamos preservar o serviço público considerando que esse é patrimônio do povo”, reforçou Cabral.
Em aparte, o deputado Marcos Ferreira (PSDB) disse ser de opinião contrária ao colega de Parlamento. Ele observou que há quatro anos, quando o atual governo assumiu o cargo, a estrutura administrativa do Estado possuía mais de 30 secretarias. “Era uma estrutura monstruosa. O Estado de Alagoas tinha, naquela oportunidade, 33 secretarias e o governo na ânsia de enxugar e diminuir a estrutura governamental reduziu para 18. Mas, hoje, o governador Teotonio Vilela tem uma visão diferente e pretende de, alguma forma enquadrar, a situação do Estado”, argumentou Ferreira, acrescentando que diante disso, há a necessidade do governador de promover as mudanças necessárias para sua administração. “Então, não tem porque essa Casa negar isso ao governador do Estado”, completou.
O líder da oposição na Assembleia, deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), considerou o projeto da lei delegada como perigosa à governabilidade. “Esse governo está acabando. O mais prudente seria negociar com a nova Assembleia, não essa, que também está em fase final. Essa discussão é uma anomalia e um perigo à governabilidade”, considerou Paulão.
