Dj’s e atores na lista de compradores de drogas

POR MARIA MAZZEI

Rio – Policiais da 12ª DP (Copacabana) prenderam ontem um administrador de empresas acusado de manter, há pelo menos dois anos, um serviço de Disque-Drogas que atendia lista seleta de moradores do Leblon, Ipanema, Copacabana e Barra da Tijuca. Segundo o delegado Antenor Lopes, Daniel Galhardi Cabral, 32 anos, era vigiado desde outubro, após a prisão de uma quadrilha de traficantes colombianos.

Morador de um condomínio de luxo da Barra da Tijuca, Daniel mantinha alto padrão de vida, inclusive com viagens de férias para resorts internacionais. Segundo os investigadores, ele lucrava 100% sobre a droga que vendia e, para não levantar suspeitas, mantinha como fachada uma empresa de audiovisual, em Copacabana.

Em depoimento, Daniel, que estudava para o concurso da Polícia Federal, disse que a droga que vendia era comprada em uma faculdade particular no Rio Comprido. Ele confessou também que só fazia as entregas em lugares discretos, como restaurantes, academias, shoppings e estações de metrô.

“Com a implantação das UPPs, observamos aumento significativo desse tipo de atividade criminosa. A classe média prefere pagar mais caro a subir o morro e ser surpreendida por policiais. O setor de inteligência da delegacia tem intensificando esse tipo de trabalho em Copacabana. Estamos recebendo muitas denúncias”, explicou o delegado.

Além de um quilo de maconha apreendido com o Daniel, os policiais encontraram na casa dele mais um quilo da droga, R$ 5 mil, dois laptops, dezenas de cartões de créditos e uma lista com nomes e telefones de 25 clientes.

Motorista tinha mais de 300 clientes

Outra lista — esta com 339 nomes de clientes, entre eles atores e DJs famosos — está sendo analisada por policiais da 14ª DP (Leblon). A agenda estava no celular usado pelo motorista Leordino Nascimento Ferreira, o Dino, 49 anos, preso em flagrante na Praia de Botafogo, quinta-feira. Ele é apontado pela polícia como um dos maiores ‘entregadores’ de drogas da Zona Sul e chegava a faturar cerca de R$ 90 mil em apenas um mês.

Ao lado de cada nome, há o bairro e o número de telefone do cliente. Com o levantamento, o objetivo dos investigadores é chegar nas pessoas que forneciam as drogas para o motorista revender.

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