Protesto LGBT divulga fotos da violência contra homossexuais

Segundo dados oficiais da comunidade LGBT de Alagoas, em 2010 foram registrados 26 homicídios com características de homofobia.

Alagoas24HorasO Alagoas24Horas reuniu alguns crimes homofóbicos ocorridos no Estado

O Alagoas24Horas reuniu alguns crimes homofóbicos ocorridos no Estado

Um varal com mais de 200 fotografias de crimes homofóbicos registrados em Alagoas e outros estados do país foi exposto nesta segunda-feira, 31, no Centro de Maceió. A comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) escolheu a data para protestar contra os casos de violência, cada vez mais crescente no Estado.

Segundo dados oficiais da comunidade LGBT de Alagoas, em 2010 foram registrados 26 homicídios com características de homofobia, números que deram ao Estado o título de campeão em crimes contra homossexuais no Brasil. Somente em janeiro de 2011 ocorreram quatro homicídios. O mais recente aconteceu no bairro do Vergel do Lago, onde um homossexual foi encontrado morto e amarrado, com sinais visíveis de tortura. A comunidade afirma, com base no depoimento de familiares, que a vítima não tinha antecedentes criminais, nem envolvimento com drogas.

Os números alarmantes integram um relatório que contém registros de crimes ocorridos da década de 80 até os dias atuais. A iniciativa surgiu para alertar ao estado sobre a gravidade dos casos e pedir punição aos culpados, no entanto, até hoje nenhuma medida concreta foi tomada para reverter o quadro, restaram promessas.

Um dos diretores do movimento em Alagoas e responsável pelo relatório, Nildo Correia, afirma que o Ministério Público do Estado se comprometeu em cobrar das delegacias a resolução dos casos, a grande maioria inconclusos. “Queremos aproveitar a Lei Delegada para cobrar a instalação de uma delegacia especializada para tratar os casos de homicídios. Já temos um apoio importante na causa, que é a nova secretária de Direitos Humanos, Kátia Born, grande parceira do movimento”, disse Correia.

O varal de fotografias ficará no Centro somente até as 17h, mas surtiu o efeito esperado na população. “Causou o impacto esperado pelo movimento. As fotos são chocantes para que as pessoas tenham noção da gravidade dos casos. A sociedade tem que se conscientizar que precisa ir às ruas para protestar porque amanhã pode ser uma pessoa da sua família vítima de um crime brutal”, alerta.

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