Dilma diz que Moacyr Scliar foi um ‘ícone’

A presidente da República, Dilma Rousseff, divulgou nota de pesar neste domingo (27) por ocasião da morte do escritor gaúcho Moacyr Scliar, que faleceu no Hospital de Clínicas em Porto Alegre por falência múltipla de órgãos devido às consequências de um acidente vascular cerebral (AVC).

"Recebi com muito pesar a notícia da morte de Moacyr Scliar, um dos mais respeitados escritores do nosso País. Integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2003 e ganhador do prêmio Jabuti por três vezes, Scliar foi um ícone da literatura gaúcha, brasileira e latino-americana", declarou a presidente.

Dilma Rousseff lembrou que o escritor conta com mais de 70 obras publicadas, além de ter atuado, também, como colunista em dezenas de jornais. "Ele representou nossa sociedade em diversos gêneros literários, sem perder de vista sua condição de filho de imigrantes e sua formação médica. É com tristeza que nos despedimos desse mestre da nossa literatura", acrescentou.

O corpo do escritor deve ser velado neste domingo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a partir das 14h. O sepultamento será na segunda-feira (28), em cerimônia reservada a familiares e amigos.

Moacyr Jaime Scliar nasceu em 23 de março de 1937, em Porto Alegre. Era casado com Judith, com quem teve um filho, Roberto. Seus pais, José e Sara Scliar, oriundos da Bessarábia (Rússia), chegaram ao Brasil em 1904. Formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, era especialista em Saúde Pública e Doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública, tendo exercido a profissão junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência.

Seu primeiro livro, publicado em 1962, foi "Histórias de médico em formação", contos baseados em sua experiência como estudante. Em 1968, publicou "O carnaval dos animais", de contos, que considerava de fato sua primeira obra.
Publicou mais de 70 livros de diversos gêneros literários – entre eles, os romances “O Exército de um homem só”, “A estranha nação de Rafael Mendes” e “O centauro no jardim” – e teve textos adaptados para cinema, televisão, rádio e teatro, inclusive no exterior. Era colaborador dos jornais Zero Hora e Folha de S. Paulo. Desde 2003, era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Scliar ganhou três vezes o Prêmio Jabuti – a mais recente, em 2009, com o romance “Manual da paixão solitária”.

Fonte: G1

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos