Hemoal precisa de doações para tratar Leucemia e Dengue

A maioria dos alagoanos conhece, apenas, a doação de sangue convencional, no entanto, para o tratamento de pacientes com Leucemia e Dengue Hemorrágica, são imprescindíveis plaquetas, que são pequenas células que ajudam na coagulação sanguínea e evitam hemorragias. Para estes casos, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) possui uma central de doação por aférese, onde o voluntário doa apenas as plaquetas, sem que sejam retiradas do sangue as hemácias e o plasma.

O procedimento, de acordo com a diretora do Hemoal, Verônica Guedes, é totalmente seguro, já que o órgão atende a todas as especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Com isso, o doador tem a garantia que não sofrerá nenhum mal à sua saúde e, ainda, estará salvando pacientes em situação de extrema fragilidade, a exemplo dos pacientes com Leucemia, Dengue Hemorrágica, Queimaduras e Aplasia", ressalta.

Com o propósito de realizar a separação dos componentes do sangue, a doação de sangue por aférese possibilita que apenas as plaquetas sejam utilizadas e os demais componentes retornem ao organismo do doador. Daí porque, o sangue é retirado da veia de um braço, parte das plaquetas é retirada cuidadosamente e, posteriormente, o sangue é devolvido a veia do outro braço, junto a outra parte das plaquetas, das hemácias e do plasma.

Critérios para doação – A exemplo da doação de sangue convencional, a realizada por aférese também requer que o voluntário tenha entre 18 a 60 anos de idade, peso igual ou superior a 50kg e boas condições de saúde. O doador também não pode ter contraído doença de Chagas, sífilis, hepatite e HIV, além de apresentar um documento de identificação com foto no momento do cadastro.

"No entanto, ao contrário da doação de sangue convencional, antes de ser submetido à aférese, o voluntário realiza todos os exames sorológicos. Caso esteja com algum problema de saúde, ele já será encaminhado para realizar o tratamento, sem que venha a realizar a doação, por está impossibilitado", esclarece Verônica Guedes.

Doação – Enquanto a doação de sangue convencional dura, em média, 30 minutos, a realizada por aférese dura cerca de 90 minutos, sem trazer nenhum prejuízo à saúde do doador. "Em comparação com a doação convencional, na doação por aférese o número de plaquetas retirada do organismo é maior, beneficiando mais receptores e tornando menos exaustiva à procura por doadores de tipagens raras, a exemplo do B Negativo", explica a diretora do Hemoal.

Segundo ela, os doadores por aférese não têm motivos para temer o processo, já que em 72h as plaquetas retiradas são repostas. "Razão pela qual, no intervalo de duas semanas, o voluntário já pode se candidatar para realizar uma nova doação por aférese, que pode ser agendada no Hemoal, por meio do telefone (82) 3315 2109", informa Verônica Guedes.

Eficácia – Ela ressalta que a doação de plaquetas também pode ser realizada pela forma convencional, mas, para se chegar ao resultado esperado, o processo é demorado e complexo. Realidade que pode inviabilizar o salvamento de muitas vidas, as quais, na maioria das vezes, não podem esperar para que todo um processo complexo seja concluído, como é o caso dos leucêmicos.

Na coleta habitual, é retirada cerca de 450ml de sangue e a bolsa é encaminhada para o Laboratório de Sorologia. O líquido é separado em concentrado de hemácias, plasma, fatores de coagulação e plaquetas, que são armazenadas a uma temperatura de 20 a 24 °C e sob agitação constante por 3 a 5 dias, enquanto que o sangue convencional tem validade de até 30 dias.

Fonte: Hemoal

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