‘Força Tarefa’ contra dengue mobiliza em Belém

O governador Teotonio Vilela Filho e o secretário da Saúde, Alexandre Toledo, integrarão a "Força Tarefa" contra a dengue nesta terça-feira (15), às 10h00 em Belém, que aparece no último boletim epidemiológico em situação epidêmica de Dengue. Outros 23 municípios alagoanos também apresentam risco muito alto de sofrerem uma epidemia da doença. O alerta é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), ao analisar a taxa de incidência, que nestas localidades é superior ao limite máximo aceitável, equivalente a 300. O objetivo da mobilização, que também será realizada no povoado Barro Vermelho (alta infestação), é envolver a população para ajudar no combate ao mosquito.

De acordo com a programação, o governador, prefeito, secretários estadual e municipal de Saúde entre outros atores da área participarão de caminhada, iniciando no Centro de Saúde, Antonio Barbosa de Menezes (no Centro) atividades de campo, como visitas em residências e locais que favorecem a proliferação das larvas, inclusive na comunidade Barro Vermelho, que tem registrado grande incidência da doença.

Outro fator que preocupa a Sesau é que o índice de infestação predial dos municípios está acima do limite máximo permitido, assim como a densidade da doença, situação que intriga as autoridades de vigilância epidemiológica do Estado, já que nos primeiros dois meses e meio deste ano, Alagoas já registrou 1.343 casos de Dengue, número considerado muito alto.

Por isso, o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, alerta os gestores municipais e a população, para que possam se engajar na luta contra a doença. Ele chama a atenção de Jaramataia, Messias, Penedo, Colônia de Leopoldina, Igaci, Igreja Nova, Jacaré dos Homens, Maceió, Taquarana, Teotônio Vilela, Inhapi, Rio Largo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Delmiro Gouveia, Satuba, Coité do Nóia, Estrela, Arapiraca, Craíbas, Girau do Ponciano, Maribondo e Palmeira dos Índios, que apresentam risco muito alto de vivenciarem uma epidemia.

“Mesmo diante das ações conjuntas entre o Governo do Estado e as prefeituras, as taxas de incidência de Dengue nestes municípios é altíssima. Por isso temos que trabalhar junto à população para que todos se engajem nesta luta, que tem o propósito evitar possíveis epidemias, como já está ocorrendo em Belém, onde já foram notificados 26 casos da doença, em menos de dois meses e meio”, observou Alexandre Toledo, acrescentando que “têm sido realizadas ações conjuntas com as prefeituras, atividades de campo, capacitações, campanhas de conscientização e estruturação das unidades de saúde e dos laboratórios que fazem à detecção precoce dos casos de Dengue”.

Ainda de acordo com o titular da pasta da Saúde, “é importante alertar a população a conservar os reservatórios de água sempre limpos e tampados, os orientaremos para que não joguem lixo nas ruas e evitem deixar pneus e garrafas pet expostas, além de não acumularem água limpa em recipientes, a exemplo dos utilizados para cultivar plantas aquáticas”, informou.

Recomendações que a secretária de Saúde de Belém, Acidalha Villar, afirma disseminar diariamente no município, apesar da situação epidêmica vivenciada atualmente. “Temos um número de agentes de endemias e comunitários de saúde suficientes para atuar no município. Infelizmente a população esteve um pouco negligente, para intensificamos nossas ações de prevenção, mas estamos trabalhando para revertermos à epidemia que nos atinge”, assegurou.

Ainda de acordo com ela, para evitar a proliferação do Aedes aegypti, que dissemina a doença, é necessário manter bem tampados os recipientes de água, remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas, fechar bem o saco de lixo, deixando-o fora do alcance de animais e não permitir que se acumule água sobre a laje. “Apesar de muitas pessoas não seguirem essas recomendações, frisamos que é necessário trocar a água dos vasos de plantas aquáticas, encher de areia os pratos das plantas ou lavá-los semanalmente com escova, lavar com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água e virar todas as garrafas com a boca para baixo, evitando que acumulem água dentro”, reforçou Adilha Villar.

Em 2010, o município de Belém notificou 222 casos ao longo do ano correspondendo à taxa de 4298 mil habitantes, mas não apresentou nenhum óbito, já em 2011 o município notificou 39 casos correspondendo 856 casos em 100 mil habitantes, representando assim o primeiro município a apresentar números caracterizando uma epidemia.

Fonte: Ascom/Sesau

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