Polícia Federal indicia ex-prefeitos de Marechal Deodoro

A Polícia Federal em Alagoas indiciou o ex-prefeito de Marechal Deodoro, Danilo Dâmaso, pelos crimes de desacato e injúria contra o juiz Léo Denisson e serventuários da Justiça, durante o período eleitoral de 2008. O presidente do inquérito, delegado Polybio Brandão, colheu o depoimento de Danilo e decidiu indiciá-lo pelos crimes.

Brandão também presidiu o inquérito que apura denúncias de coação de servidores da Prefeitura de Marechal Deodoro contra a ex-prefeita Daniele Dâmaso e Júnior Dâmaso, filha e sobrinho de Danilo.

Os dois são acusados de forçar a participação dos servidores públicos nos eventos da campanha política de Júnior Dâmaso, que concorreu ao cargo de prefeito em 2008.

Os inquéritos serão remetidos ao Ministério Público Federal.

Processos

Danilo Dâmaso é alvo de várias ações de improbidade administrativa impetradas pelo Ministério Público Estadual. Desde 2005, o político é acionado judicialmente para responder sobre desvio de recursos públicos.

A promotora Maria Aparecida Carnaúba, juntamente com o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), acionou a Justiça alagoana por conta de outros atos de improbidade praticados por Dâmaso, acusado dessa vez de emitir 36 cheques sem fundos, no valor total de R$ 207.707,39, durante o exercício de 2003.

Danilo Dâmaso já foi denunciado em processos judiciais por outras condutas ilícitas também ocorridas no exercício de sua função pública. Foi denunciado pelo Ministério Público Federal, pelos delitos de formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva, advocacia administrativa, além de ter sido inserido nos art. 9º, I, VI e X; 10, VI, VIII, IX e XII; 11, inc. I e IV da Lei de Improbidade Administrativa.

No Pará, Dâmaso também foi indiciado por crimes contra o sistema financeiro nacional, bem como, crimes contra a ordem tributária, a partir de inquérito instaurado pela Superintendência da Polícia Federal de Altamira.

O ex-prefeito de Marechal Deodoro também foi preso e indiciado durante a Operação Guabiru, da Polícia Federal. Em agosto de 2007, Dâmaso também foi denunciado pelo procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, por prática do crime de desacato.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos