Dengue: mais municípios estão em epidemia

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Dados do último boletim da dengue revelam significativa redução (53%) no número de casos registrados da doença em relação ao mesmo período de 2010. No boletim divulgado nesta terça-feira, pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica, da secretaria de Estado da Saúde, consta que ano passado entre janeiro e março foram registrados 4.363 casos de dengue clássica, contra 2.085 em 2011.

O boletim aponta ainda, mais duas cidades em situação epidêmica da doença: Palmeira dos Índios, que aparece com taxa de incidência de 334 e Colônia Leopoldina com 340. Em ambos os casos o nível de aceitação não poderia ultrapassar os 300 casos por 100 mil habitantes. Já os municípios de Estrela de Alagoas, Arapiraca, Coité do Nóia, Lagoa da Canoa, Rio Largo, Satuba estão em situação de alerta.

Apesar da possibilidade de registro de novos casos de dengue em Alagoas, a diretora de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, afirmou que em função das ações que estão sendo realizadas nos municípios alagoanos, principalmente nos que estão com a epidemia e os que podem desenvolver, a tendência será ter um número inferior ao registrado em 2010. No caso da forma grave da doença, ou seja, dengue hemorrágica, a redução é de 64%, sendo que nesse mesmo período do ano passado ocorreram 125 notificações e, em 2011 apenas 44 até agora.

Para frear o avanço da dengue em Alagoas, o governo estadual está desenvolvendo de forma integrada com os municípios uma grande força tarefa. A primeira missão foi realizada em Belém, onde há um surto epidêmico com a participação de técnicos da Sesau durante três dias na cidade, onde realizaram uma série de atividades. De acordo com Cleide Moreira, as ações foram realizadas em parceria com os profissionais da secretaria de Estado da Saúde e do município, onde todos os setores foram envolvidos.

Em Belém a diretora de Vigilância Epidemiológica, explicou que um laboratório foi instalado, onde foi possível realizar coleta externa de sangue, um mutirão foi realizado nos domicílios, operação com UVB (carro fumacê) em seis ciclos de três dias, destinada à eliminação do mosquito Aeds aegypt, transmissor da dengue. E, ainda, avaliação da unidade de saúde que dar assistência à população, onde observou que o método adotado está de acordo com o protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde, distribuição de kits de medicamentos com 22 itens, entre outras. Cleide Moreira informou que no município não houve aumento de casos até agora, permanecendo em 39 notificações.

A Força-Tarefa da Sesau tem como finalidade, conforme destacou Cleide Moreira, ir aos municípios com epidemia para interromper e nos que estão em situação de risco, para evitar que se torne epidêmico. Nessas ações, os técnicos permanecem em média três dias, podendo chegar a uma semana, dependendo do quadro.

O Ministério da Saúde acredita que Alagoas poderá ter um aumento de casos este ano, mas Cleide Moreira informa que observando a tendência é que haja uma redução, principalmente devido o trabalho que está sendo realizado em todo o estado. Uma prova é que 90 municípios estão sob controle.

Fonte: Ascom Sesau

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