Sindicalista haitiano vem a Maceió nessa sexta

DivulgaçãoLouis Fignole St-Cyr

Louis Fignole St-Cyr

Nesta sexta-feira, dia 01 de abril, estará em Alagoas Louis Fignole St-Cyr, secretário geral da CATH (Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti), que prepara seu congresso para junho próximo. O sindicalista irá expor a situação na qual vive o povo haitiano sob a ocupação militar da ONU. As tropas da MINUSTAH (Missão da ONU pela Estabilização do Haiti) ocupam o país há mais de 6 anos e são lideradas pelo Brasil.

Ele vem a Alagoas a convite da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Alagoas. A campanha que Fignolé organiza exige a retirada das tropas, reivindicação expressa em carta dirigida à presidenta Dilma para a qual estão sendo coletadas adesões.O documento, assinado por dirigentes políticos, sindicalistas e movimentos populares, afirma que “é preciso terminar com a participação do Brasil numa operação militar que é repudiada pela grande maioria do povo haitiano. Os fatos mostram que essa ocupação só fez aprofundar a situação dramática do povo e negar a sua soberania de decidir seu próprio destino. A presença, por mais de seis anos, das tropas da ONU, comandadas pelo Brasil, em nada ajudaram na prevenção das catástrofes naturais e sociais que atingem o povo haitiano. De nada serviram para a retomada da democracia e da soberania. Ao contrário, foi fiadora de farsas eleitorais, além de ter jogado um papel de repressão contra as mobilizações do povo haitiano, cujas organizações denunciam estupros de mulheres, assassinatos de dirigentes do movimento sindical e popular, cometidos por membros das tropas da ONU”.

A carta à presidente Dilma afirma ainda que “o governo brasileiro deve trazer de volta para casa os soldados brasileiros, rompendo com a sua participação na Minustah. O que o Haiti necessita senhora presidenta, é de médicos, enfermeiros, engenheiros, ajuda técnica e material para a sua reconstrução, e não de soldados para reprimir as legítimas manifestações e reivindicações de seu povo”.

Nesta turnê, participará de eventos em 5 Estados, e será recebido em audiência em Brasília, pela Secretária Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Fonte: Divulgação

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