Dia do Índio: Índigenas cobram direitos na ALE

Por iniciativa do deputado Judson Cabral (PT) e do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), representantes dos povos Kariri-Xokó, Xucuru-Kariri, Tingui-Botó, Aconã, Karapotó, Geripancó, Wassu-Cocal, Katökinn, Karuazu, Kalankó e Koiupanká participarão de Sessão Pública na Assembléia Legislativa de Alagoas, em comemoração ao Dia do Índio, às 15 horas do dia 18 de abril.

Na oportunidade, as lideranças solicitarão o apoio dos deputados para que façam gestão junto aos órgãos federais e estaduais o imediato cumprimento das gestões feitas há um ano em Sessão Pública naquela Casa Legislativa. Fazem parte das reivindicações: a criação dos Grupos Técnicos (GT) de identificação e demarcação dos territórios tradicionais, a indenização dos impactos provocados pela duplicação da BR-1001 e da Transnordestina, a Educação Escolar Indígena do Ensino Fundamental, Médio e Superior e estruturação de Secretaria de Saúde Indígena, atendendo às históricas reivindicações dos povos indígenas e das entidades não-governamentais.

Em Alagoas, ao longo de muitas décadas, as lideranças indígenas lutam pelo reconhecimento étnico e garantia dos direitos históricos de seus povos, principalmente pela demarcação definitiva dos territórios tradicionais. Entretanto, o processo administrativo de identificação encontra-se paralisado, apesar de constantes mobilizações e cobranças junto aos órgãos governamentais.

Neste momento histórico em que se encontra o país, marcado pela estabilidade das instituições políticas, crescimento econômico e garantia da sustentabilidade da maioria da população, os povos indígenas de Alagoas vêm à sociedade expressar a sua diversidade cultural e reivindicar das autoridades governamentais a garantia e posse dos territórios tradicionais, a construção de uma política de educação escolar específica e diferenciada e a imediata estruturação da Secretaria Nacional de Saúde Indígena.

No que se refere à execução das obras da duplicação da BR-101 e da Transnordestina que se sobrepõem sobre as áreas indígenas Kariri-Xokó, Karapotó, Wassu-Cocal e Xucuru-Kariri, com impactos irreparáveis ao meio ambiente e diminuição dos já reduzidos espaços territoriais e às suas respectivas populações, físico e culturalmente, cabendo aos órgãos governamentais, antes da execução das referidas obras, garantir a implantação das ações reparadoras e a da demarcação dos territórios afetados.

Fonte: Ascom Judson Cabral

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos