Enquanto os agentes e escrivães da Polícia Civil de Alagoas decretaram greve neste terça-feira, 26, por melhores condições de trabalho e salários, o vereador Luiz Pedro (PMN) tentou junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas sua readmissão aos quadros da Polícia Civil do Estado.
Luiz Pedro, que é vereador por Maceió, foi exonerado em setembro de 2010 pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O vereador ingressou na Polícia Civil em 1993, após deixar a Polícia Militar de Alagoas, e respondia a quatro processos disciplinares. O edil deve, ainda, ser levado a júri popular pelo assassinato do servente de pedreiro Carlos Roberto dos Santos, cujo corpo jamais foi encontrado.
Na sessão do pleno desta terça-feira, dia 26, foi julgado o mandado de segurança interposto pela defesa do vereador, que alegou que o procedimento administrativo contra seu cliente – que resultou na demissão – foi instaurado quando o então policial civil exercia o mandato de deputado estadual, motivo pelo qual não estaria exercendo suas funções de agente.
O advogado Gedir Medeiros alegou, ainda, não haver provas do envolvimento do vereador com a morte de Carlos Roberto.
Apesar das argumentações da defesa, o relator do processo, juiz convidado Ivan Vasconcelos Brito Júnior, votou pela punição do vereador com base na pronúncia de Luiz Pedro. Os únicos votos dissonantes foram dos desembargadores Tutmés Airan e Bandeira Rios.
Com a decisão do Pleno, foi negado o mandado de segurança e a corte de Justiça de Alagoas mantém a demissão de Luiz Pedro dos quadros da Polícia Civil. O vereador, que foi eleito de dentro da carceragem da então Casa de Custódia da Polícia Civil, pediu licença de 120 – para suposto tratamento de saúde – logo após ter sua prisão decretada, no ano passado.