Pela primeira vez depois da crise interna no PSDB nacional, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) falou sobre uma possível fusão do seu partido com o Democratas e o PPS- conforme uma articulação, nos bastidores, do senador Aécio Neves (PSDB/MG) para as eleições de 2012.
Segundo Vilela- que é ex-presidente nacional do PSDB quando o presidente da República era Fernando Henrique Cardoso- a fusão deve ser tratada “como último recurso” ou “uma questão de vida ou morte”.
“Eu apoio a fusão se for o último recurso, eu prefiro que o partido Democratas como aliado, mas como partido independente. Não me oponho a fusão se essa for, digamos assim, uma questão de vida ou morte”, disse.
No próximo sábado, ele viaja a Brasília para a Convenção Nacional do PSDB- que discute a junção entre os três partidos e a sucessão da presidência nacional do partido, hoje com Sérgio Guerra.
“É a primeira vez que alguém me coloca esta questão. Não refleti a respeito. Sei que o Democratas quer tomar uma decisão nesta área. Nós somos aliados nas últimas eleições de modo que o partido Democratas realmente está pensando realmente em uma fusão como recurso extremo. Eu não oponho não, mas eu prefiro que o partido Democratas viva independentemente”, disse o chefe do Executivo Estadual.
Questionado sobre se a situação do PSDB nacional é desesperadora, Vilela disse que não, mas admitiu que a legenda vive uma turbulência interna. Ele não quis dar os nomes dos possíveis agentes da “turbulência”:
“Dos tucanos não [existe desespero]. O PSDB tem oito estados, com governadores, é um partido muito bem estruturado. O PSDB vive uma certa turbulência que eu creio que no próximo sábado isto ficará resolvido sobre a direção do partido. Creio que continuará o Sergio Guerra [atual presidente nacional do PSDB]. A partir da convenção de sábado, o PSDB pacifica e supera. No mais o partido está bem. Estamos coesos para os próximos embates”, disse.
