Justiça determina escavação para localizar corpo de jovem desaparecida

Flávia Duarte/Alagoas24HorasFuncionários do IML realizam a escavação na casa onde Luana morava com a companheira

Funcionários do IML realizam a escavação na casa onde Luana morava com a companheira

O juiz Rodolfo Osório Gatto determinou, a pedido da Polícia Civil de Alagoas, a escavação em uma residência localizada no Conjunto Village Campestre II, bairro Cidade Universitária, para tentar localizar a jovem Luana Fernandes dos Santos Paixão, desaparecida há dois anos e três meses.

O caso, investigado pelo 7º Distrito Policial, permanece sem resposta durante todo este tempo. De acordo com o pai da vítima, Francisco Fernandes, a jovem residia com os avós no Jardim Acácia, até se envolver com uma jovem e passar a morar com ela, na casa de número 8 da Rua Paulo VI.

O relacionamento homossexual, que teria chocado em um primeiro momento, passou a ser respeitado pela família de Luana, segundo informações do pai, que alegou manter um relacionamento ‘aberto’ com a filha.

O drama da família teve início no dia 3 de janeiro de 2009, quando Luana Paixão deixou a residência onde havia passado a morar com a companheira, Cilene de Sousa Santos, de 24 anos, no Village II, afirmando que iria à casa dos avós, no bairro do Farol.

Os avós de Luana confirmam a visita e alegam que momentos após chegar ao local a jovem teria dito que “ia ali e voltava já”, sem jamais ter retornado. O caso, registrado originariamente como desaparecimento, ganhou contornos dramáticos com a escavação do terreno da residência onde as jovens moravam na manhã desta quarta-feira, dia 25.

Estão no local peritos dos Instituto de Criminalística (IC), funcionários do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, além de agentes do 7º DP e oficiais de Justiça. Com a ex-companheira de Luana foram encontradas roupas, objetos pessoais e documentos da desaparecida, o que seria explicado pelo fato da jovem residir no local.

A família de Luana alega ter questionado, por diversas vezes, Cilene quanto ao paradeiro de Luana. Cilene, no entanto, afirma que ambas não tiveram nenhum tipo de problema. “Estava tudo numa boa, não tinha problema nenhum”. Cilene ainda se disse ‘surpresa’ com a ordem judicial, mas disse estar com a consciência limpa. “Minha casa está aí e tenho certeza de que não vão encontrar nada”.

Cilene afirmou, também, que prestou depoimento à época do desaparecimento da companheira e que sempre foi bem recebida pelos familiares de Luana. Questionada se poderia imaginar uma razão para o desaparecimento da ex-companheira, Cilene disse apenas que Luana “gostava de dinheiro” e que poderia ter encontrado alguém que desse uma vida melhor a ela.

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