Judson Cabral lê carta de trabalhadores da Braskem

O parlamentar contou que recebeu o documento dos próprios funcionários da indústria que, segundo ele, se manifestaram de forma corajosa.

Vanessa Alencar/Alagoas24horasPlenário da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE)

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No momento em que o Instituto do Meio Ambiente (IMA) divulgou que a Braskem será multada em mais de R$ 583 mil em função dos acidentes ocorridos nos dias 21 e 23 de maio, na Unidade Cloro Soda em Maceió, uma carta aberta dos trabalhadores da unidade à comunidade foi lida em plenário durante a sessão desta terça-feira, 31, pelo deputado Judson Cabral (PT), na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

O parlamentar contou que recebeu o documento dos próprios funcionários da indústria que, segundo ele, se manifestaram de forma corajosa.

Em relação aos acidentes, os trabalhadores frisam, no início da carta, que “tais eventos não são comuns e não condizem com a realidade vivenciada por eles” e repudiam informações divulgadas a respeito de equipamentos sucateados e falta de manutenção na unidade: “Não seríamos irresponsáveis em apoiar a nossa vida profissional em um ambiente que não julgássemos seguro”, diz um trecho do documento, assinado pelos trabalhadores da Unidade Cloro Soda da Braskem em Maceió.

Na carta, é dito ainda que, “no momento em que vivemos e em todos os outros, não devem existir meias verdades, nem informações deturpadas. Somos trabalhadores capacitados ao longo de anos de treinamento e dedicação a profissão que abraçamos, e nosso maior objetivo hoje é normalizar a situação em todos os aspectos”.

Após a leitura do texto, Judson Cabral voltou a afirmar que a sociedade precisa saber as causas e as providências tomadas pela Braskem em relação aos acidentes que deixaram várias pessoas feridas e esclarece informações como a que cita um suposto excesso de terceirização na unidade onde ocorreram os problemas.

“Nós também iremos visitar à Braskem e ouvir os órgãos fiscalizadores, como Ministério Público e IMA”, afirmou o parlamentar, acrescentando que uma possível transferência da indústria para outra localidade – ventilada por alguns setores da sociedade – só deve vir à tona em um momento mais apropriado.

Mensagens governamentais

Em seu pronunciamento, Cabral também comentou as mensagens do Poder Executivo encaminhadas à ALE e lidas hoje em plenário. As mensagens fixam subsídios de servidores públicos do nível médio da Educação e da Saúde.

O petista explicou que as mensagens visam corrigir tabelas do nível médio, que estavam abaixo do salário mínimo. “O governo vinha burlando a lei, mas agora busca corrigir uma distorção”, afirmou.

Em entrevista à imprensa, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) disse que as mensagens do governo ainda serão analisadas, observando-se questões constitucionais e orçamentárias.

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