Tororó do Rojão
O forrozeiro alagoano Tororó do Rojão, de nome de batismo Manoel Apolinário da Silva, de 74 anos, foi internado nesta madrugada de sábado com um quadro de aneurisma cerebral, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió.
Informações dadas pelo amigo e produtor de Tororó, Marcos Sal, dão conta de que o músico sentiu-se mal e foi levado às pressas por amigos e familiares ao hospital onde foi internado em estado grave na UTI. Tororó encontra-se em coma.
Todos torcem e rezam para que Tororó supere mais esse problema de saúde e retorne e seio familiar e ao convívio dos amigos e fãs.
Tororó do Rojão
Manuel Apolinário da Silva, o Tororó do Rojão, 74 anos, quatro discos, dois LPs e dois CDs, muita história na bagagem, e muita fuleiragem também. Como o nome sugere, Tororó é o pipoco do trovão, uma força da natureza, o elemental do forró.
Em sua trajetória, foi parceiro-irmão de Jacinto Silva, personagem importante na sua história, “eu e ele, a gente era nó que ninguém desatava”, diz Tororó. Também foi zabumbeiro de Luiz Gonzaga e até motorista do grande Rei do Baião. Conta que já se apresentou em tanto lugar por esse Brasil afora que nem lembra mais por onde passou. Sobre os companheiros acima citados e sobre o Rei do Ritmo ele diz “Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Jacinto Silva nunca cantaram nada feio na vida”.
Forró, xote, maxixe, xaxado, samba, coco, Tororó é um artista eclético e completo, representante autêntico dos ritmos construídos no nordeste do Brasil, compositor inteligente, de letras de duplo sentido, engraçadas, acidas, sensuais, por vezes melancólicas ou incomodas, por outras, somente belas canções, da mais inspirada poesia popular.
Algumas de suas músicas mais conhecidas apresentam refrões como “Seu Cuca é eu” em “Seu Cuca”, ou “Forró Gay”, onde ele tira uma onda com o preconceito em seus versos, o que causou repercussão na comunidade gay local, produzindo reações e opiniões diversas.
