CCJ: Em discurso literário, AA anuncia ação judicial

“No regime democrático, quando um cidadão é vítima da covardia, traição e da violência de qualquer natureza, recorre à justiça. Foi o que fiz: recorri à justiça”.

Vanessa Alencar/Alagoas24horas/ArquivoDeputado Antônio Albuquerque usou a tribuna

Deputado Antônio Albuquerque usou a tribuna

Em um discurso marcado pela reprodução de frases da literatura brasileira, o deputado Antônio Albuquerque (PT do B) anunciou em plenário, na sessão desta terça-feira, 7, que recorreu à justiça contra a decisão da Mesa Diretora de redistribuir para o PT a vaga que era ocupada pelo PT do B na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

A decisão, assinada pelo presidente da Casa de Tavares, Fernando Toledo (PSDB) foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira, 3.
Ao contrário do que era aguardado nos bastidores, o discurso de Albuquerque foi rápido e não houve nenhuma citação ao Regimento Interno do Poder Legislativo, do qual o parlamentar petebista é um dos maiores conhecedores.

Albuquerque iniciou o discurso falando que recebeu com surpresa a decisão da Mesa Diretora, na qual custou a acreditar: “Passada a surpresa, me dediquei a ler muito do acervo da literatura brasileira, onde encontrei a solução dos meus problemas”, disse, citando uma frase de Rui Barbosa: “É dos homens políticos mudar. Mudar é também dos filósofos, dos juristas, de todos os espíritos humanos”.

Em seguida, o deputado citou José de Alencar: “É sempre falível o juízo dos homens, mas o há o remédio da reparação” e disse que, ao ler outra frase de Rui Barbosa: “Esperança é flor que brota em toda parte”, sentiu como se o Espírito Santo lhe iluminasse.

Após citar outras frases, o parlamentar, que é vice-presidente da Casa de Tavares Bastos, finalizou seu discurso: “No regime democrático, quando um cidadão é vítima da covardia, traição e da violência de qualquer natureza, recorre à justiça. Foi o que fiz: recorri à justiça”.

Início da polêmica

A polêmica em torno da vaga na CCJ começou em maio passado, quando os deputados petebistas Antônio Albuquerque e Ricardo Nezinho discutiram em plenário depois que Albuquerque, que é líder do partido na ALE, oficializou o pedido para substituir Nezinho na CCJ.

Após o bate-boca, o líder do PT na Casa, deputado Ronaldo Medeiros, criticou a distribuição partidária das vagas nas comissões permanentes e apresentou requerimento à Mesa Diretora solicitando uma vaga para o partido na CCJ.

Ouvido pela reportagem do Alagoas24horas na sexta-feira passada, o presidente Fernando Toledo disse que a redistribuição partidária se deu porque foi confirmado que havia uma pequena distorção na distribuição das vagas nas comissões.

Com a mudança, a vaga que era do PT do B na CCJ foi ocupada por Marcos Madeira (PT), e a vaga que era do petista na 9ª Comissão de Direitos Humanos passou a ser ocupada pela deputada Flávia Cavalcante (PMDB).

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