Aumenta número de encalhes de tartarugas em Maceió

Alagoas24horas/ArquivoTartaruga marinha encontrada morta na orla de Maceió

Tartaruga marinha encontrada morta na orla de Maceió

Nos últimos dias, os biólogos e voluntários do Instituto Biota de Conservação têm atendido a um grande número de ocorrências de tartarugas encalhadas nas praias de Maceió. Foram cinco animais mortos em cinco dias.

De acordo com o diretor executivo do instituto, o biólogo Bruno Stefanis, na maioria dos casos, a morte é causada por obstrução do trato digestivo, principalmente por causa do lixo deixado por banhistas nas praias. Ainda de acordo com ele, outra causa constante de óbitos é afogamento. “Infelizmente, é comum os animas ficarem presos em redes de pesca. Se ficarem por muito tempo debaixo da água, morrem afogados como os humanos”, conta.

Os animais mortos são enterrados na areia da praia. Antes, no entanto, os profissionais e voluntários medem, registram o local exato do encalhe, e coletam material biológico. “Depois da coleta, o material segue para a Universidade Federal de Alagoas, para estudo. Os dados biométricos ficam com o Biota”, explica Bruno.

Cruz das Almas

Durante um ano e meio, os biólogos do Instituto Biota de Conservação estudaram os locais onde há encalhes mais frequentemente. A praia de Cruz das Almas a que mais registrou este tipo de ocorrência.

Durante o período, foram registrados 20 encalhes entre as praias do Pontal da Barra e Sauaçuhy. Do total, 30% dos encalhes – seis, ao todo – aconteceram na praia de Cruz das Almas. “Atribuímos esse número ao fato de a praia de Cruz das Almas não possuir barreira de corais. Isso facilita para que as correntes levem as carcaças até a areia”, explica Bruno.

A preocupação, agora, é com o período de reprodução dos animais, que acontece no mês de outubro. “Nessa época, os animais se aproximam da costa, ficando mais vulneráveis aos impactos”, analisa o biólogo.

Fonte: Arthur Gama/Assessoria

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