Ligas realizam estágio no HGE
Uma rede de estudantes que se dedicam e criam oportunidades de trabalhos científicos, didáticos, culturais e sociais no espaço acadêmico, além de organizar atividades extracurriculares de ensino, pesquisa e extensão numa determinada área da saúde, são as ligas acadêmicas. No Hospital Geral do Estado (HGE), unidade hospitalar de alta complexidade em urgência e emergência, aproximadamente 45 estudantes universitários realizam estágio extracurricular através de ligas.
Para o gerente acadêmico do HGE, Amauri Clemente, o estudo de um determinado assunto da área da saúde dentro do Hospital Geral é estimulado pela equipe multiprofissional, assim como o desenvolvimento de projetos científicos e a atividade assistencial voluntária à comunidade.
“As ligas são criadas e organizadas por acadêmicos, professores e profissionais que apresentam interesses em comum: ensino, pesquisa e extensão. Constituem-se por atividades extraclasses e devem ter ações voltadas para o ensino”, acrescentou.
De acordo com ele, uma das características fundamentais das ligas é ser uma entidade primordialmente estudantil e ter à frente um grupo de estudantes que decide se aprofundar em determinado tema e sanar demandas da população. “Os estudantes definem seus rumos, ficando a cargo do professor a orientação das atividades desenvolvidas”, explicou.
É o caso da liga acadêmica de Fisioterapia Respiratória e Terapia Intensiva da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) que possui quatro anos de fundação e tem como coordenador acadêmico o fisioterapeuta do HGE, Angelo Roncalli.
Segundo o fisioterapeuta, o objetivo do estágio na unidade hospitalar é colocar os estudantes e profissionais de fisioterapia e áreas afins em contato com os conhecimentos em torno do tema, obtendo assim um aprendizado em diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças relacionadas.
“O conhecimento científico é aprimorado através de palestras, seminários e outras atividades. Os conhecimentos adquiridos pelos alunos são aplicados para realizar atividades de prevenção, junto à comunidade acadêmica e sociedadel, priorizando o tratamento e a recuperação do paciente. Hoje, a maioria dos trabalhos de conclusão de curso dos alunos que participam da liga é desenvolvida no HGE. Alguns deles já foram publicados na revista científica do hospital”, disse.
O estágio no HGE tem duração de seis meses e funciona em rodízios de plantões, respeitando o horário curricular do aluno. Os acadêmicos atendem pacientes das unidades de terapia intensivas, Dor Torácica e áreas Amarelas e Vermelha. Além da liga de fisioterapia, as de cirurgia bucomaxilofacial, de trauma e cirurgia desenvolvem atividades de extensão extracurriculares.
“O HGE é o sonho de todos os estudantes. A diversidade de casos, a interação com profissionais que atuam em todos os hospitais de Maceió, o acesso a aparelhos modernos e a rotina de emergência propiciam um aprendizado diferenciado. Grande parte dos profissionais que hoje estão no mercado de trabalho em Maceió passaram pela extinta UE ou pelo HGE. Um diferencial”, afirmou Angelo Roncalli.
As atividades teóricas podem ser aulas, seminários, discussões de textos, apresentações de casos clínicos etc. Já as atividades práticas consistem em atendimento a pacientes, participação de grupos, acompanhamento de cirurgias, entre outras. Na liga também podem ser desenvolvidos projetos de iniciação científica e programas assistencialistas e de prevenção.
Evelin Batista é uma das alunas que estão desenvolvendo a prática da profissão no Hospital Geral do Estado. Presidente da liga de fisioterapia, ela acredita que a unidade hospitalar é de suma importância para a formação profissional de alunos da área da saúde. “É uma vivência única, não imagino uma vida profissional eficiente sem o período de experiência no HGE, aqui adquirimos toda a técnica hospitalar”.
Para participar de uma liga acadêmica, os alunos devem estar cursando pelo menos o sexto período do curso. A seleção é feita através de prova escrita, com questões elaboradas por professores ou profissionais da área. Há também uma entrevista, cujo objetivo é definir se o acadêmico possui o perfil necessário para o tema proposto pela liga.
