Comandante diz que ‘militares gordinhos’ são minoria

Alagoas24horasComandante-geral da Polícia Militar disse considerar crítica do presidente do TJ construtiva

Comandante-geral da Polícia Militar disse considerar crítica do presidente do TJ construtiva

As críticas do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Sebastião Costa Filho, foram recebidas como construtivas pelo comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Luciano Silva. Em entrevista ao Alagoas24Horas, o coronel disse discordar da opinião do desembargador e que ‘militares gordinhos’ são minoria na corporação, o que não comprometeria atuação nas ruas.

No dia de ontem, o presidente do TJ avaliou a tropa da PM como mal preparada e disse que muitos estariam acima do peso, razão pela qual teria trocado – mais de uma vez – de militares cedidos para a segurança da Escola de Magistratura (Esmal).

As críticas do desembargador aconteceram um dia após o assassinato do subtenente da PM José Roque Carlos, 49 anos, ocorrido na entrada da Escola Superior de Magistratura (Esmal), no bairro do Farol. O militar foi assassinado por três homens que estavam em um Chevete de cor verde e placa não anotada. Um dos acusados desceu do veículo, efetuou os disparos e fugiu levando a arma do policial.

Para o coronel Luciano Silva, as críticas o presidente do TJ foram levadas em função da situação em que o magistrado vivenciou. “Ele fez uma crítica construtiva em cima da assessoria militar que trabalhava na Esmal e foi levada em função da situação que ele vivenciou, mas não reflete a situação da Polícia Militar e serve para a gente ver se há desvio de padrão”, ressaltou.

Ainda segundo o comandante, os militares ‘gordinhos’ seriam a minoria insignificante da corporação e não compromete o trabalho ostensivo. “A PM busca sempre excelência do seu efetivo. Esta minoria [militares acima do peso] não representa comprometimento do trabalho. Tanto não procede que os resultados são vistos com os grandes números de ações e apreensões do militares nas ruas”, destacou.

Investigações

O coronel Luciano Silva disse também que a Polícia Militar está trabalhando em apoio à Polícia Civil para tentar identificar os autores do assassinato do subtenente. Informações chegadas à corporação apontam duas linhas de investigação. “Nós temos várias informações sobre o assassinato e duas delas seriam possíveis linhas de investigação”, disse o comandante, informando que as informações seriam de que o crime estaria ligado a traficantes da região e ainda de latrocínio.

Quanto ao fato do militar não estar usando colete à prova de balas em serviço, o comandante disse que o caso está sendo apurado em Procedimento Administrativo Militar. “A PM tem colete dentro da validade para todo o seu serviço operacional. Se houve falha administrativa ou operacional, isso será investigado”.

O delegado Alcides Andrade, titular pelo 1° Distrito Policial, é o responsável pelo inquérito que aponta a morte do subtenente. O delegado começa a ouvir testemunhas esta semana. As imagens do Circuito Fechado da Esmal, que poderiam auxiliar a identificar os assassinos, não poderão ser repassadas pelo delegado, uma vez que há cinco meses não estariam funcionando.

De acordo com o presidente do TJ, os equipamentos foram retirados há cerca de cinco meses quando o prédio passou por reforma. “Estamos abrindo nova licitação para não só realizar a reforma final, mais a colocação de cercas elétricas”, disse o desembargador.

O comandante da PM pediu ainda que a população colabore com as polícias repassando informações que ajudem a esclarecer os crimes que acontecem no estado. As denúncias podem ser feitas de forma anônima através dos telefones 190 e 3201-2000, ou através da internet como denúncia online no site da corporação (www.pm.al.gov.br).

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